quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal!



Gostaria de desejar a todos um santo e feliz natal e votos de um bom ano novo!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Falta de criadores de canários clássicos

Aquilo que tenho constatado ao longo dos últimos anos é a falta de criadores de canários clássicos, ágatas, isabéis, castanhos e negros. Talvez porque o valor comercial dessas aves fosse diminuto, o certo é que a maioria dos criadores começou a desenvolver linhas conexas, como topázios, opalas, féos, onix, cobaltos, etc e os bons exemplos de aves clássicas homozigóticas foram desaparecendo. Não é raro encontrarmos aves clássicas em exposição que só o são no fenotipo, pois o seu genotipo porta uma outra raça.
Sabendo-se da importância que desempenham as aves clássicas na formação dos diversos plantéis, creio que, mais cedo ou mais tarde, o seu preço irá disparar.
Espero que os "carolas" que vão mantendo a criação destas aves o continuem a fazer, pois, seguramente, o seu trabalho sairá recompensado a curto/médio prazo. Muitas vezes criadores de clássicos confidenciam-me que, se não vendem as aves a outros criadores, têm grandes dificuldades porque as lojas não os querem. Para eles as minhas palavras de incentivo e um conselho a outros criadores: procurem aves clássicas em criadores que se dediquem exclusivamente a elas, porque adquirir uma ave que no seu fenotipo seja clássica, mas que porte uma outra raça poderá arruinar o trabalho que se pretende obter. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Erros nos julgamentos

Como já tinha referido fiquei algo surpreendido com os resultados por mim obtidos na exposição do Clube Ornitológico de Tondela e aguardava apenas que me chegassem as aves e as correspondentes fichas de julgamento para me pronunciar. No passado sábado os amigos Ricardo Ferreira e o Sr. Ernesto (da Associação Ornitológica de Coimbra) entregaram-me as aves e as fichas.
Estive a analisar as mesmas e não posso concordar minimamente com a avaliação que foi feita. Começo a pensar que os juízes por falta de conhecimentos ou tempo aplicam "chapa 5" e não respeitam minimamente os critérios de julgamento, o que significa, manifestamente e no minimo, falta de rigor! Há que acabar com julgamentos apressados, com juízes formados em cima do joelho e outros males que, infelizmente, vão aparecendo nos julgamentos. Se um juíz julga mal, tem que haver uma sanção, porque é muito bonito e dá um certo jeito em algumas circunstâncias dizer que se é juíz, mas se na prática não demonstram a sua competência, mais vale deixarem de o ser. Sempre respeitei as decisões que eles tomam, até porque algumas são muito subjectivas, mas não posso deixar de dar conta de alguns erros que constatei.
1.º Nos féos, por exemplo, a melanina é a rubrica mais importante, valendo 30 nos 100 pontos. Dos treze féos que enviei doze tiveram vinte e seis e apenas um vinte e sete, o que não deixa de ser muito estranho, pois com toda a certeza há aves que têm um desenho melhor que outro e foram quase todos julgados na mesma bitola.
2.º Um dos féos vermelho mosaico vinha com uma anotação "bicolor", o que, sinceramente não percebi. Seria por se tratar de um féo vermelho marfim mosaico? Na análise ao lipocromo da ave não noto diformismo...
3.º Enviei dois féos vermelhos, um nevado e dois intensos. Na ficha de julgamento de um dos intensos aparece uma mudança de classe, de intenso para nevado. Sinceramente, acredito que tenha sido um erro, pois não quero acreditar que o juíz tenha mudado a classe da ave e julgasse um intenso como se fosse nevado.
4.º Uma das aves que tinha mais expectativas era um féo amarelo nevado, tal como tinha referido, teve 86 pontos e após analisar a ave com um amigo que, por acaso, até já foi campeão nacional, pude constatar que se tratou de mais um lapso. Se aquela ave vale 86 pontos, gostava de ver aves com 90 pontos julgadas com tamanho rigor, porque devem ser perfeitas!
5.º Por fim, nos lizards prateados, já com outro juíz, uma das rubricas vem rasurada, ou seja, o juíz emendou a avaliação naquele item. Sinceramente, preferia que a ficha de julgamento não viesse rasurada, para não dar azo a más interpretações.
Relativamente aos lipocromos amarelos mosaicos e aos lizards dourados não faço quaisquer considerações, porque haviam aves de outros criadores a concurso nas citadas classes e considero deselegante faze-lo, até porque não observei as outras aves.

Este meu post é apenas um alerta. Tenho o máximo respeito pelos juízes, só peço é que estes façam o seu trabalho com o maior brio possível. Erros sempre existiram e existirão. Avaliações subjectivas também. Que a ornitologia continue a progredir em Portugal, como tem progredido nos últimos anos, em todos os aspectos!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Meus resultados na Exposição do Clube Ornitológico de Tondela

Eis os resultados obtidos na exposição do Clube Ornitológico de Tondela:

Lipocromo Amarelo Mosaico Fêmea - 1.º lugar (90 pontos);
Féo Vermelho Nevado - 1.º lugar (89 pontos);
Féo Amarelo Mosaico Macho - 1.º lugar (89 pontos);
Lizard Prateado - 1.º e 2.º lugares (90 e 89 pontos).

Os resultados ficaram bastante aquém das minhas expectativas, apesar de, como já tinha escrito, estas não serem muito elevadas. Principalmente nos féos fiquei bastante desiludido, mas aguardo com bastante curiosidade verificar o estado das aves e confrontá-las com as fichas de julgamento. Não quero colocar nada em causa, mas tinha bastante esperança num féo amarelo nevado que foi julgado com 86 pontos (o que é sintoma de ave fraquíssima), em comparação com uma fêmea féo branca dominante que teve 88 pontos e que julgo ser de qualidade manifestamente inferior. Como já referi... terei que esperar para ver e para me pronunciar com maior rigor, sendo certo que erros todos cometemos, começando pelos criadores e acabando nos juízes... Pode ter acontecido algum factor que desconheça em absoluto, como as aves não se adaptarem às gaiolas ou ao local, mas, como já referi, até ver, são tudo especulações...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Exposição do COT

Irei participar na próxima exposição organizada pelo Clube Ornitológico de Tondela. Será a primeira vez que irei participar na citada exposição, juntamente com alguns amigos da Associação Ornitológica de Coimbra, nomeadamente o Ricardo, o Pita, o Sr. Ernesto e o Alexandre Gomes.  
As expectativas não são grandes, porque continuo a debater-me com a muda prolongada o que impede que a apresentação das aves seja a melhor. Algumas aves de que gosto particularmente não estão minimamente em condições de participar e ficarão em casa. Tenho pena, sobretudo, de um excelente macho féo branco (cuja foto já coloquei há uns tempos) e de três lizards (dois dourados e um prateado) que estou certo iriam "marcar" bem. São aves que ficarão em casa para reprodução.
Enfim, vamos esperar para ver os resultados. Inscrevi vinte e duas aves e existem algumas em que deposito muita confiança em resultados positivos, outras nem tanto. Vamos ver qual a opinião dos juízes e é sempre interessante verificar as fichas de julgamento e conferir a opinião de terceiros com a nossa opinião enquanto criadores. Se o julgamento for bem feito (o que acredito vá ser o caso), o criador também aprende no que errou e no que está a fazer bem. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Alimentaçao nas exposições

Este ano ainda não tive oportunidade de visitar nenhuma exposição, mas tenho visto fotos de várias que já se realizaram e há um aspecto que me deixa preocupado pelas fotos que visualizo, concretamente um certo desleixe das organizações, nem todas é certo, na alimentação das aves. Noto que os comedouros estão cheios até cima e a metade superior está repleta de cascas, ou seja, as aves não têm acesso às sementes que se encontram na parte inferior dos comedouros. Também li relatos de criadores que se depararam com aves suas com falta de água! Este aspecto tem que ser revisto pelas organizações destes eventos, porque este aspecto não pode, de forma alguma ser descurado!
Já me aconteceu há uns anos, enviar aves a uma exposição, não citando qual para não ferir susceptibilidades, e qual não foi o meu espanto quando a fui visitar ver as minhas aves com o comedouro vazio, ou melhor, cheio de cascas. Fui a um lojista comprar sementes e comecei a encher os comedouros das minhas aves. Fui interpelado por um organizador que com maus modos se dirigiu a mim afirmando que a alimentação era da responsabilidade da organização. Eu respondi-lhe que se era, então a organização era negligente e se não podia alimentar as minhas aves pegava nelas e retirava-as da exposição, porque não admitia falha tão grosseira (apesar de ser anti-regulamentar). A discussão subiu de tom, até que um amigo comum (pertencente à organização) me deu razão e rapidamente deu instruções para alimentarem todas as aves.  
Bem sei que existe muito trabalho nestes eventos, mas o bem-estar das aves, a sua alimentação, deve sobrepor-se a tudo! O recado está dado!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Féos vermelhos intensivos


Estas fotos foram tiradas há cerca de dez dias e denotam, claramente, a muda ainda bastante atrasada. Nas fotos aparecem ainda uns intrusos (féos vermelhos mosaico). Como já referi no blog, tenho que melhorar substancialmente o porte dos meus féos vermelhos. Era um problema que já tinha detectado e este ano "fiz" portadores com esse objectivo, fazer crescer os féos vermelhos, principalmente os intensivos, já que nos nevados não se nota assim tanto.
Os criadores de féos têm sempre este dilema, fazer crescer as aves introduzindo reprodutores com mais porte, mas evitando que ao mesmo tempo daí nasçam aves com quistos. O ideal seria introduzir aves com grande porte e grandes cabeças, mas que sejam curtas de pena, o que, como se sabe, é dificil de encontrar, mesmo em aves clássicas que poderiam ser utilizadas para trabalhar esse aspecto.

domingo, 16 de outubro de 2011

Voadeira de Féos

Esta é uma pequena voadeira onde se encontram alguns féos 2011, desde féos amarelos (intensos e nevados), brancos e amarelos mosaicos, machos e fêmeas. Uns melhores que outros, outros mais fotogénicos que outros,... Alguns deles farão parte do meu lote de reprodutores para 2012.


sábado, 15 de outubro de 2011

Fêmeas amarelo mosaico

Depois de vários anos de trabalho, posso orgulhar-me de ter conseguido um plantel equilibrado de lipocromos amarelos mosaico (linha fêmea). Julgo que tirei aves de boa qualidade, com aves relativamente homogéneas (apesar de, como é óbvio, existirem umas melhores que outras) e a dificuldade estará na escolha.

Alguns lizards dourados

Como se pode notar pela fotografia, a muda ainda se encontra atrasada nestas aves. Tirando raras excepções, não creio que tenha lizards dourados de grande qualidade este ano, de qualquer forma e valha-me isso, tirei algumas aves bem interessantes para trabalhar a minha linha, já que algumas possuem caracteristicas especificas que poderei introduzir no plantel.

Féo vermelho nevado

Em minha opinião, o melhor féo vermelho nevado nascido no meu canaril. Excelente porte e bom desenho, mas claro, é a minha opinião!

Alterações ao canaril

Tal como já tinha referido, procedi a algumas alterações no canaril, procedendo ao isolamento dos tectos e à construção de uma voadeira que, brevemente, será dividida em duas.



Na primeira zona encontra-se a citada voadeira, duas pequenas voadeiras de apoio, todo o material e algumas velhas gaiolas que servirão para "alojar" os suplentes.






Este é o sector dois, com as gaiolas de criação.



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desilusão

Hoje estive a observar os canários que tinha pré-seleccionado para as exposições e, qual o meu espanto, quando verifico que a maioria ainda está em muda. Mesmo aqueles a que tinha arrancado algumas penas (especialmente no rabo) ainda estão longe de estarem completas.
Com as exposições a bater à porta, estou na iminência de ter poucas aves para competir e, neste caso, se as coisas não se restabelecerem ou não participo ou só o farei numa exposição que ocorra mais tarde. Creio que este tempo demasiado quente para a época não tem ajudado em nada, já que a muda se tem arrastado desde Julho!
Quanto às aves que observei (pouco mais de quarenta) continuo a achar que os lizards prateados estão excelentes (não todos, como é óbvio, mas uma percentagem significativa), bem como os amarelos mosaicos. A maior desilusão tem sido os lizards dourados de qualidade inferior aos prateados, apesar de ter obtido cerca do dobro! Há coisas que não têm explicação...
Este ano parece que acertei com o corante ou melhor, com a dosagem do corante, já que as aves de factor vermelho estão bem pintadas. Em breve irei tirar e postar fotografias de uma ave que é um pouco invulgar, mas que me dará um jeitão na reprodução, apesar de ter um papel secundário para efeitos de exposição, refiro-me a uma fêmea féo vermelha marfim intensa.

Em breve irei dando mais novidades!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Venda de canários

Fotos de alguns dos canários disponíveis:


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Criações 2012

Esta fase da época é aquela que menos tempo ocupa aos criadores. Depois de seis meses de árduo trabalho despendido nas criações, nesta altura, dado que as aves se encontram em voadoras ou espaços mais amplos, o tempo é gasto, quase exclusivamente, na alimentação.
A muda da pena este ano chegou mais cedo, permitindo avaliar mais precocemente as aves. Geralmente, só em meados de Setembro é que consigo olhar para as aves com "olhos de ver". Este ano, contudo, já consigo tirar algumas conclusões. Julgo que melhorei claramente a qualidade dos féos amarelos, brancos e vermelhos mosaicos, bem como dos lipocromos amarelos mosaicos. Nos lizards ainda tenho algumas dúvidas e nos féos vermelhos e amarelos mosaico deparo-me com o mesmo problema do ano transacto, salvo algumas excepções, as aves apresentam pouco porte. Este é um problema que, no caso dos féos vermelhos irei resolver no próximo ano, já que tive a preocupação de "produzir" portadores com bom porte, tanto nevados como intensos. Este é um problema que, creio, deve assolar todos os criadores dos féos, que, na ânsia de evitar o aparecimento de quistos, acasalam aves intensas e nevadas com pouca plumagem e, no final, o resultado são aves com défice de porte.

Este é um casal de féos brancos de 2011. Aprecio, particularmente, o macho (à esquerda na foto).

Por aquilo que tenho visto, as aquisições para o próximo ano deverão ser escassas ou mesmo nulas, porque creio ter em minha casa matéria interessante para trabalhar. No próximo ano irei criar com quarenta e dois casais, oito casais de lizards, oito de lipocromos amarelos mosaico, cinco de féos vermelhos, amarelos mosaico e vermelho mosaico, quatro de féos brancos, cinco de féos amarelos e dois de féos amarelos e brancos. Por aquilo que me tenho apercebido, os féos brancos quando introduzidos nos amarelos, apesar de lhe conferirem um bom porte, prejudicam-lhe o lipocromo, especialmente nos intensos, pelo que será melhor proceder ao acasalamento separado das duas raças, apesar da esmagadora maioria dos meus efectivos serem amarelos portadores de branco e vice-versa. Irei manter dois casais "hibridos" tentando aproveitar aves para, futuramente, introduzir nos brancos ou nos amarelos.
A escolha dos reprodutores para a próxima época de criação é feita a partir de agora, acrescentando-se aos reprodutores do ano transacto as aves jovens que acho poderem contríbuir para um up-grade das minhas linhas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Final da época de criação

Acabei, finalmente, com as criações, coincidindo com o inicio da muda da pena. Tinha alguns casais ainda a criar, mas os canários que tinham nascido ultimamente encontravam-se muito débeis, porque os pais já tinham entrado em muda e alimentavam mal. Daí, e para não sobrecarregar inutilmente os reprodutores, retirei os ninhos a todos, ovos incluídos.
Anilhei 172 canários, o que dá uma média quase de 4,5 canários por casal. Julgo que não foi mau de todo atendendo à especial dificuldade de criação dos féos. Assim, dividido por raças tenho:

Amarelo Mosaico - 48;
Lizards - 34;
Féo Amarelo Mosaico - 12;
Féo Vermelho Mosaico - 19;
Féo Vermelho - 20;
Féo Amarelo e Branco - 39.

Claramente, os amarelos mosaicos foram os melhores criadores e ainda serviram, algumas vezes, de amas das outras raças. Ao invés, os féos amarelos mosaicos ficaram um pouco aquém, tendo para isso contribuído um casal que, pura e simplesmente não criou, ou melhor, começou por tirar três ou quatro filhotes (que deixaram morrer), depois fez outra postura com os ovos goros e, depois, népias, nem um ovo para amostra, apesar de a fêmea fazer e desfazer várias vezes o ninho. Enfim, há que ter paciência e esperar que para o ano corra melhor. 

Neste momento, a muda da pena está na plenitude, espero que corra tudo dentro da normalidade e, se assim for, não espero perder muitas aves entre jovens e reprodutores. Há muitos criadores que revelam dificuldades na época da muda, perdendo muitos pássaros, mas eu, felizmente nunca tive grandes problemas, morrendo aves como morrem normalmente todos os meses, havendo apenas uma incidência maior na mortalidade de reprodutores, alguns pelo pesar da idade, outros pela dureza da criação. Fundamental, é que se forneça espaço às aves e uma alimentação o mais variada possível, com a inclusão pontual de pepino e courgete.  

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Separação das crias

Existem vários métodos utilizados pelos criadores, indo apenas referir os métodos que utilizo e escrevo no plural, porque existem diversas situações e variáveis que nos fazem agir da forma x ou y. Normalmente a separação ocorre por volta dos trinta dias de vida dos canários, mas existem situações em que os canários se tornam independentes por volta dos 26/27 dias e outros casos, mais numerosos segundo a minha experiência, que ocorrem depois dos 30 dias e alguns até bem próximos dos 50. A experiência do criador é fundamental para ter a percepção exacta de quando fazer e como fazer.
Geralmente e como regra coloco uma grade que separe os jovens dos progenitores que vão alimentando a prole e preparando uma nova postura, mantendo o ninho antigo do lado das crias e um novo do lado dos reprodutores. Do lado das crias colocam-se comedouros com alpista simples e sêmola da trigo e, obviamente, o bebedouro, enquanto do lado dos progenitores, continuo com a mistura de sementes e a papa de ovo. A razão de não fornecer papa e mistura aos jovens canários prende-se com a sua apetência inicial e essencial para se alimentarem da papa e das sementes negras, o que lhes provocará problemas de fígado e, em muitos casos, a morte (aparecendo esta morte conotada com a doença da faca, que, todavia, não é uma doença em si mesma, mas sim um sintoma de uma quantidade de doenças, entre elas a do fígado, que conduzem ao emagrecimento das aves, sendo mais notório no peito, que fica aguçado). Assim, os jovens canários continuam a ser alimentados pelos pais e vão aprendendo a depenicar. Após a fêmea ter colocado o último ovo, passo o macho para junto dos jovens (fornecendo agora papa em pequenas quantidades), continuando assim até os irmãos se encontrarem a três/quatro dias da eclosão. Nessa altura, os jovens são retirados da gaiola de criação, tal como a grelha, permanecendo somente o casal na gaiola.
Esta operação ocorre entre a 1.ª e a 2ª postura e entre esta e a 3.ª, porque após a 3.ª postura, das duas uma, ou o macho alimenta os jovens e passo a fêmea para a voadora (permitindo-lhe recuperar o desgaste da época de criação) ou não alimenta e aí fica a fêmea com os jovens, passando o macho para a voadora (sendo que, neste caso, para evitar a picagem da fêmeas aos filhos, coloco a grade). Algumas vezes, mantenho até os dois progenitores com as crias, porque noto que já não alimentam as crias tão assiduamente como nas posturas anteriores (em virtude do desgaste) ou porque o número de crias é elevado (e considero elevado em número superior a três), aumentando a probabilidade da fêmea, na presença do macho, recomeçar na ovulação sendo este um mal menor que até acontece com a fêmea isolada do macho ou na voadora 
De qualquer forma, existem sempre problemas que vão surgindo, aves da mesma ninhada que desenvolvem mais que outras, aves que aprendem a comer mais rápido que outras, aves que saem do ninho mais cedo do que outras, etc. Daí que tenha falado na importância da experiência do criador, permitindo-lhe ter percepções destes factos e tomando medidas adequadas, como por exemplo, passar aves menos desenvolvidas para outra ou outras ninhadas, colocar o ninho junto da grade e do ninho novo entretanto colocado, manter o macho junto das crias mesmo quando a fêmea começa a fazer ninho (colocando-o junto da fêmea só durante algum tempo, sendo que por vezes alguns minutos são suficiente para haver o acasalamento), etc. Se formos notando que os jovens canários continuam atrasados na independência, podemos ir colocando comedouros e até o bebedouro no fundo da gaiola, onde vão com mais frequência depenicar.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Alguns canários de 2011

Lizard de grande qualidade, era bom que fossem todos assim! Só consegui mais dois irmãos, também de boa qualidade, este é o tipo de lizard que procuro, bom porte e boas marcações, a oxidação vem por acréscimo.


Féo amarelo intenso da terceira postura, aprecio bastante esta ave, aparentemente uma fêmea.



Féo vermelho intenso, também da terceira postura e, em principio uma fêmea. Tenho que introduzir mais porte dos féos vermelhos intensos.



Mais dois lizards, à frente prateado e a trás dourado da 2.ª postura. Gosto particularmente do prateado, um macho que apresenta boas marcações no peito.


Alguns féos amarelos e mosaicos em plena muda da pena. Este ano as aves entraram em muda muito cedo, inclusivamente os reprodutores, espero que para Setembro não se lembrem de mudar a pena de novo, pois para além de debilitar as aves irá, com toda a certeza, prejudicar a plumagem das mesmas para efeitos de exposição.


Mais alguns féos vermelhos, sendo que o destaque vai para o portador que se encontra à frente na foto da direita. Este é o tipo de portador (nevado) que me permitirá colocar mais porte no meu plantel de féos vermelhos. O tamanho da ave em si e da cabeça em particular pode ser comparado com a ave pura que se encontra ao lado. Do lado esquerdo também um portador de féo vermelho, irmão da ave referida, mas que apresenta uma vantagem suplementar, melhores marcações nas costas.


Um dos meus lizards preferidos deste ano, é pena que a qualidade da foto seja má e não realce os verdadeiros atributos desta ave. Julgo que uma das lacunas que notei em alguns dos meus lizards no ano passado, o porte e a posição, foram devidamente corrigidos este ano.


Alguns portadores de féos amarelos e brancos. Este ano tenho um número considerável de portadores de féos brancos (apesar de também portarem amarelo), permitindo que faça casais de féos brancos em separado dos féos amarelos, porque creio que tem mais beneficios especialmente nos féos amarelos intensos. Continuo a salientar a importância dos portadores, pois a sua carga genética é de 50% na descendência, não adiantando ter bons puros, se não se possuir portadores à altura.

A propósito de uma visita

Tive recentemente a visita ao meu canaril de um criador principiante que, a pretexto de adquirir um casal de lizards, aproveitou para dar uma vista de olhos às minhas aves e ao canaril. Criava "pintos", mas a visita a uma exposição da zona (COBL) despertou-lhe a atenção para as diferentes raças de canários, para os concursos, enfim, para a competição. Resolveu este ano trocar todos seus canários por aves de raça, mas partiu de pressupostos, na minha opinião, errados. Tinha em mente criar com seis casais de raças diferentes, adquiridas aqui e ali, tendo-lhe então explicado que ia pelo mau caminho, que era preferível criar só com uma raça ou duas no máximo, apostando em aves com alguma qualidade, do que ter um casal de cada raça, tanto mais que para o ano teria dificuldades em fazer novos casais da descendência, pois seriam todos irmãos implicando a aquisição de novas aves. Além disso, existe o risco de alguns dos casais não criarem, criarem mal ou a sua prol não ter qualidade e serem essas raças rapidamente riscadas do seu canaril, conduzindo a um dispêndio de tempo e dinheiro.
Expliquei-lhe que o caminho mais rápido para o sucesso nas exposições era possuir todos os casais da mesma raça, pois teria grandes probabilidades de tirar logo no primeiro ano alguns exemplares de qualidade, que lhe permitiriam expor e continuar a trabalhar a sua linhagem nos anos seguintes. Aí ele reflectiu um bocado e deu-me razão... ficou então de pensar na raça que viria a criar e depois, caso optasse pelos lizards ou outra raça que eu crie, entraria em contacto comigo.
Alguns dias mais tarde ligou-me e disse-me que tinha optado pela raça X, que eu não criava mas se conhecia algum criador de confiança. Lá lhe dei dois contactos de criadores da zona e o jovem agradeceu imenso a minha ajuda e atenção. Creio que perdi um "negócio" mas ganhei um amigo e a canaricultura, quem sabe, um futuro grande criador.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quase no final da criação

Este ano de criação já está quase no final, possuindo cerca de 160 canários anilhados até ao momento, esperando chegar ao 180/190 canários, tal como previa e desejava (encomendei 200 anilhas, mas, como se sabe, algumas perdem-se, porque saiem ou os pais as tiram e caiem nos estrados ou comedouros sem darmos conta e vão para o lixo). O ano de criação vai longo, tendo-se iniciado em Janeiro com a preparação dos reprodutores, acasalamentos e, finalmente, a parte mais árdua, a criação propriamente dita.
Para não variar, existiram alguns sobressaltos, felizmente contornados com a ajuda de amigos e com a informação que se vai recolhendo na net. Quando comecei a canaricultura estava pouco divulgada na net e as informações eram escassas, até porque a bibliografia escasseava (e ainda escasseia). Hoje em dia já não é bem assim, havendo páginas, blogs, fóruns, etc onde se vão recolhendo opiniões, umas mais válidas que outras, mas que são fundamentais muitas vezes para resolver problemas simples com que nos deparamos. Criar canários pode ser muito fácil, mas quando as coisas começam a correr mal lembramo-nos da lei de Murphy e damos-lhe razão.
Nesta altura já tenho projectadas algumas alterações no canaril, com a construção de voadeiras e o isolamento térmico do telhado. Sempre fui contra grandes voadeiras, mas neste momento não tenho alternativa. A manutenção dos canários é mais fácil e os canários não me podem absorver tanto tempo durante todo o ano. Sei que irei ter alguns dissabores, mas paciência!
Relativamente à qualidade das aves, ainda é prematuro emitir juízos de valor, de qualquer forma estou bastante satisfeito com alguns lizards e amarelos mosaico que já me vão chamando a atenção. Quanto aos féos tenho mais dificuldade em emitir opinião a esta distância, mas existe um féo branco macho que acho excelente, principalmente ao nível do porte.
Brevemente irei colocar algumas fotografias.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Meio da época de criação





Esta época de criação tem sido muito trabalhosa e o tempo para actualizar o blog não tem sido muito, daí as escassas actualizações do mesmo. Neste momento as criações estarão a meio, possuindo já mais de cem aves anilhadas, o que não sendo um número magnifico é, pelo menos, satisfatório.

Este ano introduzi um número significativo de fêmeas novas nos lizards e nos amarelos mosaicos e parece que resultou em pleno no que toca a quantidade de aves. Efectivamente, tinha no meu plantel reprodutoras que criavam mal (que ficaram como suplentes), tendo apostado em aves mais jovens, logo com outra vivacidade e, ao que parece, resultou. Tenho já perto de 30 lizards e 40 mosaicos amarelos anilhados o que diz bem do sucesso destas raças este ano. No que toca aos féos é que as coisas correm pior, sendo o único aspecto positivo o facto de ter, sensivelmente, metade puros e metade portadores.

Neste momento a fadiga já é alguma da minha parte e espero dentro de um mês/mês e meio dar por encerrada a época. Inclusivamente, alguns dos casais que têm filhotes não irão criar mais, sendo que meia dúzia deles ainda não tirou um pássaro (duas fêmeas que ainda não puseram um ovo e alguns machos que não galaram), mas dado o fenotipo de qualidade das aves ainda tenho esperança que surja dali qualquer coisa. Se não surgir, para o ano há mais!



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fim da primeira postura



Terminou a primeira postura e conto com oitenta e uma aves anilhadas. Não sendo extraordinário, não me posso considerar insatisfeito. Existiram machos que não galaram, fêmeas que não alimentaram, fêmeas que rejeitaram aves após a colocação das anilhas, enfim, um sem número de contingências que, no meu canaril, assumem, ano após ano, um carácter de regularidade. Sinceramente, não acredito em alguns criadores que escrevem que não têm ovos goros, que as suas ninhadas são todas de quatro ou cinco aves, que todas as suas fêmeas alimentam bem, etc. Aliás, só acredito se vir, porque sei o que me acontece a mim e à esmagadora maioria dos criadores que conheço, embora admita que em situações de meia dúzia de casais isso possa acontecer.

Após uma inspecção às aves nascidas, tive que eliminar cinco aves que se apresentavam debilitadas ou com deficiências graves. Eu sei que parece cruel, mas estou apenas a proceder a uma selecção que, não fosse a criação em cativeiro, seria natural. Uma cria que não desenvolve como os irmãos e que é passada para uma família "adoptiva" com crias de tamanho idêntico ao seu e que mesmo assim, passados dois ou três dias, continua a ficar para trás, tem necessariamente um problema e, mais tarde ou mais cedo, acaba por morrer. No fundo, aquilo que faço é antecipar essa fatalidade, cujo nome clínico é eutanásia. Antigamente, fazia os possíveis e impossíveis para salvar todas as aves que podia, mas já conclui que todas ou quase todas acabavam por morrer, fosse passado algumas semanas ou mais tarde na muda da pena, pelo que não vale a pena estar a perder tempo (que neste hobby é sempre precioso) e dinheiro (nas medicações), para além de não desgastar desnecessariamente os reprodutores.

Quanto às aves nascidas, tenho um número muito significativo de lizards e poucos féos puros, começando a notar-se a qualidade de algumas aves em detrimento da falta de qualidade em algumas. Não podem nascer todos campeões, não é verdade?

quinta-feira, 31 de março de 2011

Qual o número minimo de casais por raça?

Esta problemática tem sido muito debatida entre os criadores e não há consenso acerca desta matéria. Obviamente, quantos mais casais criarmos de uma raça mais possibilidades teremos de obter melhores exemplares. Contudo, esta temática não pode ser abordada sem antes atendermos a dois pontos, primeiro qual a raça em concreto e segundo quantas exposições e em que moldes queremos nelas participar.

No primeiro ponto temos de partir de vários pressupostos genéricos como de umas raças criarem melhor que outras e, em abstracto tirarmos mais exemplares, existirem raças que são trabalhadas com recurso a portadores (sendo estes parte da prol e não utilizáveis em exposições) e, por fim, existirem raças que são trabalhadas em linha macho ou fêmea, ou seja, em que somente um dos géneros serve para expôr.

Relativamente ao segundo ponto, se um criador pretender participar em várias exposições deve possuir um número de aves elevado, porque uma ave, em principio, apenas estará apta a participar numa exposição ou, no máximo, em duas. Além deste factor, convém ainda identificar se o criador pretende participar apenas na categoria individual ou por equipas, sendo que neste último caso ter quatro aves de fenotipo semelhante implica, desde logo, um número considerável de opções no plantel.

Acho que esta temática é interessante e, voltando ao inicio, reitero aquilo que escrevi, quantos mais casais tivermos da mesma raça melhor. Também parece não haver dúvidas que a qualidade dos reprodutores marca pontos, porque é sempre preferivel ter menos casais de reprodutores de qualidade do que muitos casais de reprodutores de qualidade inferior. Quando visitamos os criadores mais galardoados de uma determinada raça, verificamos que estes desenvolvem a mesma com muitos casais, não raras vezes com quinze, vinte, trinta casais. Para os pequenos criadores, como eu, esse número significa, muitas vezes, o total dos seus casais divididos pelas diversas raças que criam. É óbvio, que a capacidade nunca poderá ser a mesma, porque dispõem de um leque de escolha mais abrangente e conseguem explorar uma maior diversidade de vectores de acasalamentos.

Voltando à temática, creio que definir um número mínimo é muito complicado por força das várias nuances que abordei e dos objectivos a que se propõe o criador. Para mim, visando participar em duas exposições, no máximo, a nível individual, creio que se deve trabalhar com um mínimo de seis casais. Vou dar um exemplo, seis casais de lipocromo amarelo mosaico/linha fêmea (aves representadas na foto) com uma média de seis aves por casal dará um total de trinta e seis aves. Partindo do principio que nascerão machos e fêmeas em igual número (geralmente até nascem mais machos) dará dezoito fêmeas, destas cinco não terão qualidade, oito serão razoáveis (daqui saiem a maioria das reprodutoras, numa temática que abordarei um dia destes) e as restantes cinco terão qualidade de exposição. Destas cinco aves será muito bom que na altura da exposição estejam aptas três, pois ocorrem sempre factores adversos, como estarem em muda, a terminarem a muda, encontrarem-se debilitadas por algum motivo ou, simplesmente, apresentarem algum defeito circunstancial na plumagem. Perante este exemplo, o criador fica reduzido, das trinta e seis aves iniciais a somente três aves para enviar a uma dada exposição. Podemos até considerar estes números inexactos e, são-no concerteza, pois não têm carácter cientifico algum, mas empiricamente, pela minha experiência, estes números não deverão sofrer um desvio significativo da realidade.

Claro que o referido é também uma auto-critica, porque queremos sempre ter uma variedade de raças sem pensar que dificilmente evoluimos com dois ou três casais. Muitas vezes acontece que simplesmente não temos uma ave para expor de uma raça que criamos, o que não deixa de se desolador. Deixo também aqui um alerta aos clubes, associações, federações, para de uma vez por todas colocarmos de lado as classificações gerais nas exposições e premiar-se apenas as aves mais pontuadas, porque muitos ainda têm o objectivo de ganhar vários prémios em várias linhas para ter uma boa classificação geral!

Além destes factos, um plantel extenso implica uma menor necessidade de adquirir aves a outros criadores, porque há possibilidades maiores de ter no plantel aquilo que se pretende, se bem que adquirir aves para o plantel tenha muitas vezes a ver com questões de consanguinidade no mesmo, para obter outras vertentes genéticas ou, simplesmente, porque a sua qualidade irá introduzir uma melhoria relativamente ao que já se possui.

Posso falar por mim, dando mais um exemplo na raça mais antiga no meu canaril, que são os lizards. Tenho trabalhado o plantel com as minhas aves desde 2008 (em 2007 adquiri os últimos exemplares) e é aqui que tenho obtido os melhores resultados, porque tenho aprendido mais sobre a raça (e isso é fundamental) e porque os cruzamentos não são tiros no escuro, pois conheço bem o genotipo dos exemplares. Evidentemente, de vez em quando pisco o olho a alguns exemplares de outros criadores, mas estes ou não vendem as aves que me interessam ou pedem quantias que entendo não ser razoável dispender e, para adquirir aves de categoria inferior às minhas ou que não tenham aquilo que pretendo, prefiro poupar uns trocos (salvo seja!).

sexta-feira, 25 de março de 2011

Criações

Depois de um inicio algo complicado, as coisas compuseram-se e, neste momento, já conto com quase quarenta aves anilhadas, aparentemente, de boa saúde. Resolvi proceder a alguns ajustes, nomeadamente no que toca a alimentação, adicionando à alpista uma mistura contendo sementes negras. Essa alteração visa o desenvolvimento mais rápidos dos jovens canários e o seu fortalecimento. Para além disso, adicionei FP 20-20 na papa e dou, diariamente, complexo B na água.


Este ano tive algumas canárias que não aceitaram bem as anilhas, o que não deixou de me espantar dado que a cor este ano até é mais discreta que as dos dois anos anteriores.


Duas canárias metiam os filhos fora do ninho, mesmo depois de ter disfarçado as anilhas, o que levou a transferi-los para outras canárias. Não tive mesmo outra solução. Este ninho ficou repleto com cinco lizards, felizmente os pais adoptivos não estranharam o aumento inesperado da família e continuam a alimentar bastante bem.

No ninho em baixo três féos amarelos com dois dias de vida. Como se nota um puro e dois portadores. Continuam a nascer mais portadores que puros, espero que, ao menos, os que nascem tenham qualidade.

Esta é a altura do ano onde o canaricultor tem que dispender mais tempo, porque para além dos afazeres normais, é necessário substituir os ovos verdadeiros por falsos, colocar anilhas, tirar apontamentos, verificar os ninhos e o desenvolvimento dos jovens canários, palitar as aves mais débeis, etc. Faltam apenas três meses para esta época terminar, sendo a mais entusiasmante é também a mais cansativa.







quinta-feira, 3 de março de 2011

No meu baú

Ontem, enquanto procurava uns papéis, encontrei numa gaveta um papelinho dos lizards que inscrevi na exposição do COBL em 2007. Foi curioso porque vem a propósito das discussões recentes que se vão ouvindo e lendo acerca dos julgamentos das aves, da falta de critérios dos juízes, etc. A minha opinião, como acho que já expressei aqui, é que há bons e maus juízes, há bons e maus julgamentos, como há bons e maus criadores e criadores com mais fair-play do que outros.

Voltando ao referido papelinho aparecia as minhas indicações das aves que julgava terem mais qualidade e à frente a nota que lhes foi atribuída pelo juiz. Recordo um macho dourado em que depositava muita esperança que foi "premiado" com 87 pontos, para grande espanto meu quando comparado a outras aves minhas com menos qualidade. É óbvio que nunca me desfiz dessa ave e ainda bem já que a sua descendência me tem dado muitas alegrias. No meu plantel de lizards, que neste momento está reduzido a 23 aves, ainda se encontram mais duas aves de 2007 que participaram na referida exposição e duas outras que adquiri nesse mesmo ano ao Sr. Paulo Alegria e todas elas estão a criar o que é, pessoalmente, um motivo de orgulho, pois a canaricultura não consiste apenas nos prémios que se obtêm, mas também no gosto pelas aves e no seu bem-estar e a sua longevidade é a evidência desse facto.
Este ano também depositava muitas esperanças num macho prateado, também ele "premiado" com 87 pontos. Pois bem, também esse macho faz parte do meu plantel e espero obter dele descendência de qualidade. Trabalhar as aves que temos e criamos ao longo de gerações é um gozo e um prazer que nenhum prémio pode dar. Isto não invalida que para melhorar não se introduzam aves de outros criadores ou porque têm outras caracteristicas ou porque, simplesmente, são melhores.

Em minha opinião, na escolha dos reprodutores as classificações devem ser para o criador um mero indicador e não uma verdade absoluta, porque a ave na altura do julgamento podia não estar nas melhores condições, estar inquieta, o julgamento ter sido apressado, o juíz não ter efectuado uma análise correcta, a luz não ser a ideal, etc. Existem outros e variadíssimos critérios que devem ser utilizados pelos criadores na escolha das aves para a reprodução.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Inicio da criação

A época de criação já se iniciou e os resultados não têm sido brilhantes. Efectivamente, há alguns ovos goros e algumas fêmeas (especialmente as de 2010) que põe somente um ovo ou dois e não "agarram" o choco. Em conversa com alguns criadores da zona, parece que é um mal geral.
Amanhã começo a anilhar os primeiros passarinhos, que se têm desenvolvido pouco, diga-se, muito por culpa do frio que teima em perdurar.
De qualquer forma espero que o tempo se recomponha até porque os ninhos já se apresentam compostos por ovos fecundados, se bem que com estas trovoadas nocturnas há o risco de algumas fêmeas levantarem do ninho e lá se perde uma postura.
Espero colocar em breve fotos dos novos habitantes do canaril!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Alguns Casais para 2011

Casal de féos, sendo o macho branco e uma portadora amarela (também porta branco).

Casal de féos amarelos sendo o macho portador e a fêmea pura (adquirida ao Sr. Marco Maria).

Casal de féos macho puro nevado e fêmea portadora.

Casal de féos amarelo mosaico sendo o macho marfim e a fêmea portadora.

Féos vermelho mosaico, sendo o macho puro (2008) e a fêmea portadora (2009).

Casal de Lizards, sendo a fêmea dourada e o macho prateado. Nota-se que o estado da plumagem dos lizards se degrada ao longo dos anos.

Casal de Amarelo Mosaico. Um macho de 2009 de boa qualidade, com pouca máscara e com pena "apertada". A fêmea é de 2008 e foi adquirida na altura ao amigo Toni Duarte.