segunda-feira, 4 de março de 2013

Insólito

Em mais um ano de criações, aconteceu-me algo que nunca tinha sucedido. Ontem de manhã anilhei as primeiras aves do ano e, qual não foi o meu espanto, quando a seguir ao almoço verifico que a mãe, pura e simplesmente, tinha abandonado as crias. Por vezes acontece as canárias picarem as aves nas patas para lhes tentar tirar as anilhas ou até as expulsar do ninho, mas nada disto aconteceu... simplesmente não regressou mais ao ninho. As aves estavam moribundas quando me deparei com o sucedido. De pronto aqueci-as e elas arrebitaram, mas tinha que lhe encontrar uns pais adoptivos. Já tinha alguns casais com crias, mas bem mais pequenas e, após duas tentativas em que as canárias não assentavam no ninho, lá ouve uma canária que as aceitou, não estranhando que a sua descendência tivesse crescido tão rápido. Felizmente tudo correu bem, mas se fosse num dia normal de semana, o desfecho teria sido trágico. Há um criador, bem conhecido, que quando ouve falar no sucesso e na normalidade nas criações de alguns, tem uma frase esplêndida  " O meu canaril é uma universidade. Tudo me acontece e quem quiser aprender venha cá, porque, com certeza, já me aconteceu alguma coisa semelhante." Não sendo o meu canaril uma universidade, será, com toda a certeza, uma faculdade de grande dimensão. 

Quanto à época de criação está a começar dentro da normalidade. Tive algum azar com o período da eclosão das primeiras ninhadas que coincidiram com temperaturas anormalmente baixas, o que provocou a morte de duas das três primeiras ninhadas. Felizmente, as coisas estão melhor e a decorrer dentro da normalidade. Tenho que aproveitar bem a primeira postura, porque é nela que obtenho cerca de 50% das aves. Quando as coisas não resultam no inicio, lá se foi o ano de criação. Em relação aos problemas do ano transacto, pelo que tenho observado, parece debelado. Quando tiver um tempinho tirarei umas fotos. 

Boa sorte a todos os criadores!

sábado, 22 de dezembro de 2012




Votos de Feliz Natal! 

PS- Agora percebem porque crio Lizards (lagartos)! :)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Campeonato Nacional

Decorreu no passado fim-de-semana o campeonato nacional. Apesar de não ter participado, nem ter visitado o certame, as informações que me têm chegado é que a organização esteve exemplar. A todos os meus sinceros parabéns. Igualmente gostaria de endereçar os meus parabéns a todos os participantes, especialmente aos consócios dos clubes dos quais sou associado (AOC e COBL) que dignificaram e muito a ornitologia do centro do país, demonstrando que, ao contrário do que sucedia há alguns anos, salvo raras e honrosas excepções, também no centro do país há bons criadores e a ornitologia evoluído bastante.  

A todos os que participarem no próximo Mundial, votos de boa sorte, sabendo-se, de antemão, que dado o mesmo se realizar na Bélgica implicará maior dificuldade na obtenção de medalhas. Efectivamente, o certame ocorrerá em solo da maior potência mundial da ornitologia (em minha opinião) e ficará perto de outros países "fortes" como Alemanha, França, Holanda e Itália. Estou em crer que iremos alcançar menos medalhas que em anos anteriores, mas espero bem estar enganado!


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ano sem exposições

Desde 2006 que tenho concorrido em exposições, mas este ano resolvi não o fazer. Por um lado, as criações não correram como desejado e, como consequência, os exemplares foram poucos e a qualidade, necessariamente, disso se ressente e, por outro lado, tenho um problema no meu canaril que consiste no aquecimento do mesmo e vai retardando a muda da pena das aves, ou seja, começam a mudar mais tarde e têm uma muda mais lenta. Este ano, por exemplo, a muda prolongou-se até inícios/meados de Novembro, o que me impediu de levar alguns exemplares às exposições dos clubes a que pertenço, pois entendi que não estavam a 100%. Espero ter melhor sorte para o próximo ano...

Neste momento, já tenho os machos separados nas gaiolas de criação, enquanto as fêmeas permanecem nas voadoras. Julgo que esta prática é a ideal, pois os machos não entram em disputas desnecessárias e vão estimulando o canto, as fêmeas em espaços maiores não vão entrar no ciclo reprodutivo tão cedo o que é o desejado.


Este ano penso iniciar a criação entre a segunda quinzena de Fevereiro e os inícios de Março, não desejando que esta época se prolongue muito tempo, sendo que alguns dos casais, em condições normais, só irão efectuar duas posturas.




Em principio irei criar com 37 casais, sendo 10 de lizards, 5 de amarelo mosaico, 6 de féo vermelho, 4 de féo amarelo, 4 de féo branco, 5 de féo vermelho mosaico e 3 de féo amarelo mosaico.

Espero que as coisas corram bem melhor e que para o ano possa regressar às exposições, porque no fundo, esse é um aliciante extra neste hobby.


sábado, 10 de novembro de 2012

O cruzamento de lipocromos mosaicos com intensos ou nevados


Este artigo foi escrito pelo Sr. Carlos Lima e publicado no fórum do canariculturatuga. Dado o seu valor e com o consentimento do seu autor, publico aqui o teor do mesmo.

Carlos Lima:
"Resolvi escrever sobre o comportamento genético e a sua selecção do canário mosaico partindo de outras variedades (vermelhos e nevados lipocromos).

Assim o seu comportamento genético e a sua selecção é devido a um factor recessivo e ligado ao sexo.No entanto as regras de transmissão hereditária é dominante em confronto com a categoria selvática (existente na natureza)nevada e recessivo em confronto com a mutação intensa.

Para melhor esclarecer o acima citado o criador quando procede aos acasalamentos,com aves intensas que sejam portadoras do factor mosaico,durante algumas gerações acontece que os resultados obtidos não são positivos(as aves não são de qualidade).

E porquê?

Os genes que se acumulam nos canários intensos persistem em ficar durante alguns anos.O cruzamento do canário mosaico com os canários nevados ´não é aconselhável pois são duas linhas selectivas completamente

antagónicas apresentando máxima uniformidade nas nevados,máximo contraste nos mosaicos.Ao contrário quando acasalamos Nevado X Nevado,estamos confrontados com um efeito degenerativo.

Sendo o canário mosaico homozigoto quando acasalado Mosaico X Nevado,pois obtemos toda uma geração de mosaicos mas de péssima qualidade expositiva.

No entanto se o mosaico é heterozigoto (portador)teremos 50% ded canários nevados de péssima qualidade,apresentam uma forte nevadura visível em várias partes do manto,dorso,faces,colar,flancos e abdómen no entanto permitindo-nos definir a sua categoria

O acasalamento de Mosaico X Intenso/ Nevado é deveras absurdo mesmo que os intensos sejam de óptima qualidade,pois os canários irão apresentar efeitos degenerativos.

Depois desta expl,icação,feita de uma maneira simples assim teremos em síntese:

1-Macho não mosaico X Fêmea Mosaico
-Não temos qualquer ave Mosaica, no entanto os jovens machos terão apenas um factor que denominamos de simples factor mosaico e as fêmeas serão não mosaicas.
2-Machos com simples factor mosaico X Fêmeas não mosaicas
-Metade dos jovens canários machos apresentam o simples factor mosaico ou seja em definitivo 50% de jovens machos e fêmeas não mosaicas.

-50% de machos com simples factor mosaico e fêmeas não mosaicas

-50% de machos com simples factor mosaico e fêmeas mosaicas
3-Machos com simples factor mosaico X Fêmeas mosaico

-jovens machos com simples factor mosaico

-jovens machos com duplo factor mosaico

-jovens fêmeas 1/2 mosaicas e 1/2 não mosaicas

Nota:este cruzamento em contrapartida obtemos uma maior descendência com as características hereditárias do factor mo
4-Machos com duplo factor mosaico X Fêmeas não mosaicas
-jovens machos com simples factor mosaico

-jovens fêmeas mosaicos

5-Machos com duplo factor mosaico X Fêmeas mosaico

-jovens machos com duplo factor mosaico

-jovens fêmeas mosaicas


Assim,o criador deve seguir uma linha de orientação selectiva.

Então quais são as características dos reprodutores para um ponto de partida?

A resposta é simples:

Fêmeas mosaico de óptima qualidade .

As fêmeas representam uma enorme importância na selecção do canário mosaico.Devemos escolher para o nosso plantel com estas característica:

O desenho da cabeça- deve ser constituído por uma estreita e nítida linha ocular bem colorida finamente desenhada e bem visível no prolongamento do olho.

Ombros-As zonas de eleição serão bem marcadas e delimitadas,o lipocromo será intenso e não demasiado estendido, Remiges e rectrizes o mais branco possível.

Uropigio- o lipocromo será intenso e bem delimitado

Peito-deve mostrar uma ligeira coloração,que não deverá em caso algum continuar em direcção à garganta,aos flancos ou ao baixo-ventre

Nota:Na cauda é tolerada uma ligeira coloração.

Os machos devem apresentar:

Desenho da cabeça-uma máscara bem delimitada e o lipocromo intenso

Ombros-As zonas de eleição serão bem marcadas e bem delimitadas,o lipocromo será intenso e não demasiado estendido.As remiges serão o mais branco possível

Uropígio-o lipocromo será intenso e bem delimitado

Peito-deve apresentar uma zona triangular evidente bem colorida e bem separada da máscara e dos flancos

Dorso- É tolerado uma ligeira transpiração do lipocromo

Nota:É excepcionalmente tolerada uma ligeira coloração na cauda

Nos acasalamentos o criador deve trabalhar através de uma linha familiar (plantel próprio)como forma de obter um padrão estável hereditário o melhor possível,isto significa recorrer aos acasalamentos se possivel como abaixo referencio:

FORMAÇÃO DE UM PLANTEL PRÓPRIO

Para o iniciarmos adquirimos pelo menos um macho e três fêmeas

Assim teremos:

Macho simbolo X

Fêmeas A1 B1 e C1

1º Ano

Macho com o símbolo X com as Fêmea A1 -B1-C1

Resultados:

Machos F1- F2 -F3

Fêmeas F1-F2-F3

Machos e fêmeas são pois o ponto de partida para então criarmos três linha completamente distintas.

En cada um dos grupos escolhemos os melhores exemplares sem qualquer defeito e mantemos igualmente as fêmeas (irmãs)que sejam portadoras dos mesmos factores hereditários da côr.

2ª. ANO

Macho MF1 acasalado com as fêmeas F2 e F3 pasamos a denominala LINHA nº.1

Macho MF2 acasalado com as fêmeas F1 e F3 passamos a denominála LINHA nº.2

Macho MF3 acasalado com as fêmeas F1 e F3 passamos a denominala LINHA nº. 3

Resultados:

Obtemos jovens canários (linha nº1 )machos e fêmeas que denominamos MF4 e MF5

Obtemos jovens canários (linha nº.3)machos e fêmeas que denominamos MF6 e MF7

Obtemos jovens canários (linha nª.2)machos e fêmeas que denominamos MF8 e MF9

Fazemos idêntica selecção igual à do primeiro ano ,com a diferença que não se cruzam mais as linhas ,seguindo o esquema a aplicar:

LINHA nº.1

Machos -MF4 X Fêmeas MF5

Machos -MF5 X Fêmeas MF4

LINHA nº.2

Machos MF6 X Fêmeas MF7

Machos MF7 X Fêmeas MF6

Os jovens canários nascidos neste terceiro ano de cruzamentos (MF10 a MF15 dão-nos os resultados pretendidos visto possuirmos as caracteríticas idênticas aos reprodutores utilizados.

Como nota final devo informar que apenas referenciei os acasalamentos para exposição como tal e uma vez que existem duas linhas no factor mosaico(Linha macho e Linha Fêmea)as fêmeas da primeira linha devem ter as caracteristicas da linha fêmea apenas no que diz respeito às marcações da cabeça são diferentes(mascaras se possível semelhantes aos machos sem serem partidas na fronte)

Quanto aos machos da linha fêmea devem possuir as caracteristicas das fêmeas havendo apenas diferenças na mascara que deve ser mais pequena e partida na fronte.

Tentei ser o mais explicito possível e espero que este texto possa melhorar os vossos planteis.

Cumprimentos"

Muito obrigado Sr. Carlos Lima por me ter autorizado a publicação deste seu artigo no meu blogue. O desenvolvimento da canaricultura faz-se também com a troca de informação!



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Aves de trabalho?

Esta minha postagem deve-se, essencialmente, ao facto de estar muito em voga a expressão aves de trabalho. Muitos blogues e fóruns que sigo e participo com atenção mencionam, ultimamente, esta expressão com regularidade.

Por ave de trabalho entende-se uma ave que fugindo ao standard da raça em alguns vectores, tem uma ou mais características muito vincadas que se pretende introduzir no plantel. Daí que não sendo uma ave com qualidade de exposição, muitos criadores aproveitam estas aves para explorar essas ditas caracteristicas, esperando que a descendência dessa ave tenha essas caracteristicas de uma forma notória, mas que se aproximem mais do standard da raça.
Não confundir aves de trabalho com portadores, embora os prepósitos sejam os mesmos, quando se fala em aves de trabalho falamos de canários de raça definida, enquanto os portadores não o são (embora muitas vezes se confundam com as aves clássicas de onde provêm).

Aquilo que tenho lido sobre as aves em questão, levantam-me muitas dúvidas e só as compreendo na exacta medida em que as caracterizei. Quando se acasala uma ave de trabalho, deve escolher-se para seu par a melhor ave que possuirmos, pois o objectivo, convêm relembrar, é obter na descendência aves com caracteristicas específicas e importantes que se salientam na ave de trabalho, mas importante, de igual forma é aproximar essas aves do standard. Parece-me que daqui não irão surgir, no imediato, aves de grande qualidade, mas através do acasalamento consanguíneo poderão obter-se essas aves do segundo ano em diante. 

Não tenho dúvidas que estas aves existem e que o termo utilizado para as identificar esteja correcto, desconfio é de alguns criadores que enaltecem o valor destas aves para impingir uma ave de fraca qualidade a um criador menos experiente ou mais desconhecedor da raça em questão. Todos os criadores têm (ou devem ter) no seu plantel aves que fogem ao standard da raça, procurando obter delas certas características que as tornam especiais seja no porte, cabeça, plumagem, lipocromo, etc, caracteristicas essas que, muitas vezes, nem os seus próprios campeões possuem. Contudo, essas aves são mantidas no plantel com um objectivo bem definido e são "manuseadas" em consonância. Adquirir uma ave de trabalho quando se cria apenas com um, dois ou três casais não faz muito sentido e deve ser feito com as cautelas que referi, pois o que muitos pretendem é impingir uma ave de má qualidade, salientando nela uma ou duas caracteristicas procurando valorizá-la.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Visita à Exposição da Associação Ornitológica de Coimbra

No passado sábado fui visitar a exposição da Associação Ornitológica de Coimbra e fiquei bastante agradado com o que observei, especialmente no número de aves da exposição (superou-se a barreira de mil  aves a concurso), na qualidade e limpeza do espaço e na organização do evento. A Direcção da AOC está de parabéns por mais esta bela iniciativa. 
Quanto às aves em si, fiquei surpreendido pelo número e qualidade de algumas raças, especialmente dos amarelos (intensos, nevados e marfins), vermelhos (intensos, nevados e rubinos), glosters e em toda a linha opala. Relativamente às raças que crio, agradaram-me os lizards expostos que de uma forma geral tinham uma qualidade bem acima da média e dos féos. Como contraponto, o facto de algumas aves estarem ainda em fim de muda penalizou um pouco a sua apresentação. 
Foi um bom momento, reencontrando amigos e trocando impressões, sempre úteis, porque com todos (do melhor ao menos bom criador) se vai aprendendo alguma coisa. O que mais me preocupa é o desânimo, quase generalizado, com a crise e as dificuldades cada vez maior em escoar os passarinhos que vão sobrando. Algumas pessoas abandonaram ou vão abandonar e a tendência, quase generalizada, é para reduzir. Infelizmente, o Estado tanto se preocupa em "taxar" as vendas de aves que se esquece do efeito bola de neve, ou seja, quanto menos criadores houver e quanto menos estes criarem, menos receitas vai obter com o Iva das misturas, das papas, dos acessórios, etc, para não falar no que esta redução implica nas fábricas que encerram ou dispensam trabalhadores. O que me parece é que para ganhar uns tostões, o Estado vai deixar de receber bastante mais em Iva, IRC e IRS, para além de ter mais gente no desemprego a quem é preciso pagar subsídios ou abonos. Enfim, politiquice de quem manda mas não vem ao terreno estudar como deve mandar e se vale a pena fazê-lo. 
Apesar de todas estas dificuldades, reitero os meus parabéns a toda a Direcção da AOC e a todos os outros que, directamente ou indirectamente, com ela colaboraram na organização. A todos os criadores participantes, com aves premiadas ou não, também devo relevar a sua importância e os sacrifícios que vão fazendo para manter um hobby que, qualquer dia, não estará ao alcance de todos. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Entrevista a Osvaldo Sereno

 Tive o prazer de receber a visita de Osvaldo Sereno, criador de aves e fotógrafo, que tirou algumas fotos às minhas aves e a quem concedi uma pequena entrevista para o seu blogue, um dos melhores que conheço (http://www.bloggerbirds.blogspot.pt/).

Aqui fica o link para que possam visualizar: http://www.bloggerbirds.blogspot.pt/2012/10/entre-amigos-com-o-amigo-jose-santos.html

Muito obrigado Osvaldo e continuação do excelente trabalho que tens efectuado.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Listagem das raças de canários de porte e desenho

1- Frisado Parisiense;
2- Frisado Gigante Italiano;
3- Paduano;
4- Mehringer;
5- Frisado do Norte;
6- Fiorino;
7- Frisado do Sul;
8- Gibber Italicus;
9- Giboso Espanhol;
10- Melado Tenerifenho;
11- Bossu Belga;
12- Scotch Fancy;
13- Hoso Japonês;
14- Muniquense;
15- Border;
16- Fife Fancy;
17- Norwich;
18- Yorkshire;
19- Bernês;
20- Llarguet Espanhol;
21- Raça Espanhola;
22- Irish Fancy;
23- Lancashire;
24- Crested;
25- Border;
26- Poupa Alemão;
27- Rheinlander;
28- Arlequim Português;
29- London Fancy;
30- Lizard.

Nota: O canário London Fancy  foi considerado extinto há uns anos, havendo, nesta altura, já alguns exemplares da raça, fruto de um trabalho sério de alguns criadores, especialmente ingleses, no ressurgimento desta bela raça de canários. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Declaração de Rendimentos em sede de IRS do produto da venda das aves

Uma situação que foi passando despercebida às autoridades foi a tributação sobre o produto da venda das aves. Parece que resolveram apertar o cerco e, bem ou mal, só me espanta que não o tenham feito mais cedo. Infelizmente, o mesmo rigor não se aplica a outros sectores de actividade, se é que se pode chamar actividade a um hobby pelo menos para 99% dos criadores, que têm muito mais gastos que tinham de receitas com a venda de meia dúzia de passarinhos, a maioria das vezes trocadas em lojas de animais por material diverso. 


Julgo que não há dúvidas que qualquer rendimento obtido por um cidadão deve constar na sua declaração de rendimentos, vulga declaração de IRS. A inscrição nas finanças, o pagamento de seguro e os respectivos descontos para a segurança social (caso já não o faça por força de outra actividade) são obrigatórias para quem pretende vender as suas aves, independentemente de obter rendimento efectivo da actividade ou não, ou seja, seja a actividade lucrativa ou não. 

Esta actividade não difere de muitas outras que historicamente fizeram e fazem parte da chamada economia paralela. Quem vende ovos, galinhas, vinho do lavrador, etc tem exactamente o mesmo tratamento legal que os ornitólogos, ou seja, tem que se colectar e declarar os rendimentos da actividade. 
Neste momento, muitos criadores estão a confundir os Cites ou a licença para vender exóticos com esta questão fiscal, mas são temas completamente distintos. A exigência de Cites para algumas espécies e a sua obtenção não invalida a obrigatoriedade de declaração dos rendimentos com a venda de exemplares. Igualmente, é irrelevante vender uma ave a dez euros ou mil a cinquenta euros, porque os requisitos são exactamente os mesmos.
Todo e qualquer cidadão pode livremente criar aves, o que não pode é vende-las sem estar legalizado. Todos os criadores sabem que os rendimentos obtidos com a venda de alguns exemplares é insuficiente para fazer face a todas as despesas, fora algumas que não são contabilizadas, como água e luz. Infelizmente, as autoridades começaram a actuar e não têm a noção exacta da realidade. Como as federações nunca se preocuparam com esta questão, os criadores foram vivendo, grosso modo, na clandestinidade, e digo que não se preocuparam porque há muito tempo que deviam ter junto do Ministério da Agricultura, que, salvo melhor opinião, é quem tutela a nossa actividade, proposto um regime de excepção ou, pelo menos, uma forma justa de tributação. Ao que me têm transmitido, estão a efectuar-se diligências nesse sentido, mas, com o devido respeito, acho que este tema já devia estar há muito salvaguardado.
Há uns anos, num jantar de um clube do qual sou associado, este tema foi debatido e, uma das ideias que sugeri, foi a criação de uma taxa suplementar sobre as anilhas, devendo os criadores que não utilizassem as anilhas na totalidade que as entregar ao clube, para posterior envio à federação, solicitando o reembolso da quantia despendida. Hoje, julgo que um sistema idêntico seria o ideal, mas enquanto ele não for aprovado ou "negociado" teremos que nos resignar. 


Pessoalmente, este ano foi péssimo em termos de criação, pelo que não tenho grandes dores de cabeça em relação ao escoamento das aves, porque como em todos os anos uma parte é dada a amigos e conhecidos, que querem um passarinho para cantar ou fêmea para fazer companhia a um macho que está, tristemente, sozinho. Relativamente ao futuro, irei criar com menos casais, encomendar menos anilhas (reduzirei para metade) e reduzir as raças no meu canaril. Para já e porque não possuo aves para venda não me irei colectar e penso que a redução progressiva no n.º de casais evitará a que tenha que recorrer a essa situação. 

Infelizmente, julgo que a ornitologia portuguesa irá sofrer, em termos de resultados, mais este constrangimento. A crise já tinha levado muitos criadores, alguns deles com palmarés assinalável, a desistir e esta medida significará mais uma machadada, com desistência de criadores, redução do número de casais, de raças, etc e as implicações destas situações farão notar-se, em termos de resultados nos próximos Mundiais. Infelizmente, quem faz as leis não pensa que ao tributarem uma actividade que em 99% dos casos não é lucrativa, estão a provocar a desistência e redução do número de criadores o que terá como consequência uma perda de receitas de Iva resultante da venda das sementes, papas e demais materiais e acessórios, bem como a curto prazo e inevitavelmente de mais desemprego. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Magnífico trabalho de Osvaldo Sereno

Aproveitando a visita do amigo Osvaldo Sereno, aqui fica uma fotografia por ele tirada a um casal dos meus lizards. Fêmea dourada (ave da esquerda) e macho prateado (ave da direita). Para quem gosta de aves e fotografia o blog do Osvaldo Sereno é brilhante, bem como a sua paixão pela fotografia e pelas aves.

Obrigado amigo!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Inicio atribulado

O inicio de criação tem sido algo atribulado, de tudo um pouco me tem acontecido, desde muitos ovos goros, fêmeas que não "agarram o choco", fêmeas que abandonam os filhotes, fêmeas que só põe um ovo (e estou a falar também de fêmeas de 2011), etc, etc.
O que acho menos normal no meio de tudo isto é o abandono das crias pelas fêmeas. Estas alimentam-nas bem mas de repente e sem motivo aparente abandonam as crias e começam de imediato a andar com palhas no bico. Para mim, isto só pode ter um significado, as fêmeas detectam que as crias estão doentes e param de as alimentar. Saber qual a doença é mais complicado, mas pode ter uma explicação muito simples, resquicios dos tratamentos de preparação para a criação, ou seja, os antibióticos utilizados nos reprodutores terem afectado as crias, mesmo decorrido o intervalo de segurança entre a sua administração e o inicio de criação.
De qualquer forma não estou minimamente preocupado e já tenho a experiência suficiente para não me alarmar em demasia, pelo menos para já. Um das coisas que evito fazer é passar aves de um ninho para outro (salvo quando as mães não alimentam desde o inicio ou o número for demasiado elevado num ninho e reduzido noutro), porque tentar salvar um canário pode implicar matar dois ou três. Há sempre a tendência para passar um canário sozinho para outro ninho porque os irmãos morreram, mas eu prefiro não o fazer, deixo-o sozinho porque ele pode estar contaminado com qualquer coisa e colocá-lo noutro ninho com crias pode implicar a transmissão a estas e a sua morte.
Nas aves que vingaram gosto bastante de dois féos vermelhos que já saltitam de poleiro em poleiro atrás dos pais. Existe uma certa tendência para dizer que os féos criam mal e que as fêmeas puras são más mães, mas eu constato é que o problema está exactamente no tamanho das crias quando nascem, que são demasiado pequenas. Passados os dois ou três primeiros dias em que devemos ajudar com a tradicional palitada, essas fêmeas alimentam exactamente como as outras.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Casais de Lizard 2012

Casal 1- Fêmea dourada de 2007 que ganhou a Expo-Ave do COBL em 2007. Este ano irá criar com um macho prateado  com calota perfeita de 2011, seu neto.

Casal 2- Macho prateado de 2011 e fêmea dourada de 2007 adquirida ao Sr. Paulo Alegria. Curiosamente, esta fêmea sempre apresentou grandes dificuldades na criação, por motivos diversos, mas o ano passado foi ela a fêmea lizard que tirou mais pássaros. Parece que melhorou com a idade!

Casal 3- Macho prateado de 2011 e fêmea dourada de 2010 que ficou em 2.º lugar na Expo-Ave do COBL. Este casal foi formado com o objectivo de produzir descendência com bom porte. Difilmente irei obter daqui aves de exposição.

Casal 4- Macho prateado de 2010 e fêmea dourada de 2011. Gosto particularmente deste macho que apresenta boas marcações no peito, tendo escolhido uma fêmea com boas marcações nas costas, esperando que, daqui resulte uma descendência globalmente satisfatória.

Casal 5- Macho prateado de 2011, acasalado com uma fêmea dourada de 2010 que ganhou a Expo-ave do COBL.

Casal 6- Macho prateado de 2007, adquirido ao Sr. Paulo Alegria, acasalado com uma fêmea de 2011, sua bisneta.

Casal 7- Macho dourado de 2007 descende de um macho do Sr. Carlos Lima e de uma fêmea do Sr. Paulo Alegria. Este macho teve 87 pontos na exposição organização pela Associação Ornitológica de Coimbra, mas em boa hora o escolhi para o meu rol de reprodutores porque tem originado alguns dos melhores exemplares do meu canaril. A fêmea obteve o 1.º lugar na II Exposição Ibérica em Tondela (2011).

Casal 8- Deposito grandes expectativas neste casal. São ambos de 2011, tendo a fêmea (prateada) obtido o 2.º lugar na II Exposição Ibérica em Tondela. Em minha opinião, o melhor macho dourado e melhor fêmea prateada do ano transacto.

Casal 9- Casal adquirido e escolhido pelo Sr. Paulo Alegria. Obviamente, deposito grande fé na sua descendência.

Casal 10- Macho dourado de 2008 que fez 2.º lugar na Expo-Ave do COBL (na altura concorriam dourados e prateados na mesma classe) e uma fêmea prateada que ganhou exposição do citado clube em 2010.

Casal 11- Casal de dourados, sendo o macho de 2011 e a fêmea de 2010. Há quem condene este acasalamento entre aves intensas e há quem o faça com alguma regularidade, como é o meu caso, tentando obter aquilo que os dourados têm de melhor em relação aos prateados, a qualidade da plumagem

Casal 12- Mais um casal de 2011, sendo a fêmea prateada e o macho dourado. Gosto bastante da oxidação e do porte desta fêmea (infelizmente, a qualidade das imagens não é a melhor), indo cruzar com um macho dourado precisamente descendente de um casal de dourados.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Quase a começar...

Está quase a começar o novo ano de criações. Já estou na recta final dos tratamentos de prevenção e conto começar a acasalar daqui a uns quinze dias. Essa é, para mim, uma das alturas mais importantes da canaricultura, pois temos que compensar os pontos fracos de uma ave com aquela com quem irá formar parelha. Evidentemente os registos são muito importantes e permitem acelarar este processo, porque permitem manter os casais que melhores exemplares forneceram ou, em caso, de morte de algum desses reprodutores, procurar aves geneticamente próximas, preferencialmente, irmãos.  
O esquema de tratamento que segui este ano é praticamente idêntico ao do ano anterior e que já consta no blog, pelo que, será desnecessário repeti-lo.
Quanto aos acasalamentos, já tenho os machos separados e com uma ideia muito provável de quais irão criar e quais ficarão como suplentes. De vez em quando, meto o olho na voadoura e vou obervando as fêmeas que já começam a esburacar os jornais do fundo e a andar com penas no bico... É um sinal que estão prontas a criar, principalmente as reprodutoras mais velhas. Infelizmente para elas ainda terão que esperar mais umas semanitas, desejando apenas que elas não comecem a pôr ovos "à doida". Para já ainda não tive sinal de nenhum ovo posto (o que não quer dizer que não tenha acontecido e deles não haja rasto) e para adiar ao máximo a postura tenho mantido a luz ligada apenas até às vinte horas e fornecido papa apenas uma vez por semana.
Espero que, pelo menos, a época de criação corra quantitativamente tão bem como o ano que agora findou. Se possível com melhor qualidade e que as aves adquiridas ou escolhidas de 2011 para o plantel traduzam ou venham a traduzir numa melhoria significativa do mesmo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal!



Gostaria de desejar a todos um santo e feliz natal e votos de um bom ano novo!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Falta de criadores de canários clássicos

Aquilo que tenho constatado ao longo dos últimos anos é a falta de criadores de canários clássicos, ágatas, isabéis, castanhos e negros. Talvez porque o valor comercial dessas aves fosse diminuto, o certo é que a maioria dos criadores começou a desenvolver linhas conexas, como topázios, opalas, féos, onix, cobaltos, etc e os bons exemplos de aves clássicas homozigóticas foram desaparecendo. Não é raro encontrarmos aves clássicas em exposição que só o são no fenotipo, pois o seu genotipo porta uma outra raça.
Sabendo-se da importância que desempenham as aves clássicas na formação dos diversos plantéis, creio que, mais cedo ou mais tarde, o seu preço irá disparar.
Espero que os "carolas" que vão mantendo a criação destas aves o continuem a fazer, pois, seguramente, o seu trabalho sairá recompensado a curto/médio prazo. Muitas vezes criadores de clássicos confidenciam-me que, se não vendem as aves a outros criadores, têm grandes dificuldades porque as lojas não os querem. Para eles as minhas palavras de incentivo e um conselho a outros criadores: procurem aves clássicas em criadores que se dediquem exclusivamente a elas, porque adquirir uma ave que no seu fenotipo seja clássica, mas que porte uma outra raça poderá arruinar o trabalho que se pretende obter. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Erros nos julgamentos

Como já tinha referido fiquei algo surpreendido com os resultados por mim obtidos na exposição do Clube Ornitológico de Tondela e aguardava apenas que me chegassem as aves e as correspondentes fichas de julgamento para me pronunciar. No passado sábado os amigos Ricardo Ferreira e o Sr. Ernesto (da Associação Ornitológica de Coimbra) entregaram-me as aves e as fichas.
Estive a analisar as mesmas e não posso concordar minimamente com a avaliação que foi feita. Começo a pensar que os juízes por falta de conhecimentos ou tempo aplicam "chapa 5" e não respeitam minimamente os critérios de julgamento, o que significa, manifestamente e no minimo, falta de rigor! Há que acabar com julgamentos apressados, com juízes formados em cima do joelho e outros males que, infelizmente, vão aparecendo nos julgamentos. Se um juíz julga mal, tem que haver uma sanção, porque é muito bonito e dá um certo jeito em algumas circunstâncias dizer que se é juíz, mas se na prática não demonstram a sua competência, mais vale deixarem de o ser. Sempre respeitei as decisões que eles tomam, até porque algumas são muito subjectivas, mas não posso deixar de dar conta de alguns erros que constatei.
1.º Nos féos, por exemplo, a melanina é a rubrica mais importante, valendo 30 nos 100 pontos. Dos treze féos que enviei doze tiveram vinte e seis e apenas um vinte e sete, o que não deixa de ser muito estranho, pois com toda a certeza há aves que têm um desenho melhor que outro e foram quase todos julgados na mesma bitola.
2.º Um dos féos vermelho mosaico vinha com uma anotação "bicolor", o que, sinceramente não percebi. Seria por se tratar de um féo vermelho marfim mosaico? Na análise ao lipocromo da ave não noto diformismo...
3.º Enviei dois féos vermelhos, um nevado e dois intensos. Na ficha de julgamento de um dos intensos aparece uma mudança de classe, de intenso para nevado. Sinceramente, acredito que tenha sido um erro, pois não quero acreditar que o juíz tenha mudado a classe da ave e julgasse um intenso como se fosse nevado.
4.º Uma das aves que tinha mais expectativas era um féo amarelo nevado, tal como tinha referido, teve 86 pontos e após analisar a ave com um amigo que, por acaso, até já foi campeão nacional, pude constatar que se tratou de mais um lapso. Se aquela ave vale 86 pontos, gostava de ver aves com 90 pontos julgadas com tamanho rigor, porque devem ser perfeitas!
5.º Por fim, nos lizards prateados, já com outro juíz, uma das rubricas vem rasurada, ou seja, o juíz emendou a avaliação naquele item. Sinceramente, preferia que a ficha de julgamento não viesse rasurada, para não dar azo a más interpretações.
Relativamente aos lipocromos amarelos mosaicos e aos lizards dourados não faço quaisquer considerações, porque haviam aves de outros criadores a concurso nas citadas classes e considero deselegante faze-lo, até porque não observei as outras aves.

Este meu post é apenas um alerta. Tenho o máximo respeito pelos juízes, só peço é que estes façam o seu trabalho com o maior brio possível. Erros sempre existiram e existirão. Avaliações subjectivas também. Que a ornitologia continue a progredir em Portugal, como tem progredido nos últimos anos, em todos os aspectos!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Meus resultados na Exposição do Clube Ornitológico de Tondela

Eis os resultados obtidos na exposição do Clube Ornitológico de Tondela:

Lipocromo Amarelo Mosaico Fêmea - 1.º lugar (90 pontos);
Féo Vermelho Nevado - 1.º lugar (89 pontos);
Féo Amarelo Mosaico Macho - 1.º lugar (89 pontos);
Lizard Prateado - 1.º e 2.º lugares (90 e 89 pontos).

Os resultados ficaram bastante aquém das minhas expectativas, apesar de, como já tinha escrito, estas não serem muito elevadas. Principalmente nos féos fiquei bastante desiludido, mas aguardo com bastante curiosidade verificar o estado das aves e confrontá-las com as fichas de julgamento. Não quero colocar nada em causa, mas tinha bastante esperança num féo amarelo nevado que foi julgado com 86 pontos (o que é sintoma de ave fraquíssima), em comparação com uma fêmea féo branca dominante que teve 88 pontos e que julgo ser de qualidade manifestamente inferior. Como já referi... terei que esperar para ver e para me pronunciar com maior rigor, sendo certo que erros todos cometemos, começando pelos criadores e acabando nos juízes... Pode ter acontecido algum factor que desconheça em absoluto, como as aves não se adaptarem às gaiolas ou ao local, mas, como já referi, até ver, são tudo especulações...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Exposição do COT

Irei participar na próxima exposição organizada pelo Clube Ornitológico de Tondela. Será a primeira vez que irei participar na citada exposição, juntamente com alguns amigos da Associação Ornitológica de Coimbra, nomeadamente o Ricardo, o Pita, o Sr. Ernesto e o Alexandre Gomes.  
As expectativas não são grandes, porque continuo a debater-me com a muda prolongada o que impede que a apresentação das aves seja a melhor. Algumas aves de que gosto particularmente não estão minimamente em condições de participar e ficarão em casa. Tenho pena, sobretudo, de um excelente macho féo branco (cuja foto já coloquei há uns tempos) e de três lizards (dois dourados e um prateado) que estou certo iriam "marcar" bem. São aves que ficarão em casa para reprodução.
Enfim, vamos esperar para ver os resultados. Inscrevi vinte e duas aves e existem algumas em que deposito muita confiança em resultados positivos, outras nem tanto. Vamos ver qual a opinião dos juízes e é sempre interessante verificar as fichas de julgamento e conferir a opinião de terceiros com a nossa opinião enquanto criadores. Se o julgamento for bem feito (o que acredito vá ser o caso), o criador também aprende no que errou e no que está a fazer bem. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Alimentaçao nas exposições

Este ano ainda não tive oportunidade de visitar nenhuma exposição, mas tenho visto fotos de várias que já se realizaram e há um aspecto que me deixa preocupado pelas fotos que visualizo, concretamente um certo desleixe das organizações, nem todas é certo, na alimentação das aves. Noto que os comedouros estão cheios até cima e a metade superior está repleta de cascas, ou seja, as aves não têm acesso às sementes que se encontram na parte inferior dos comedouros. Também li relatos de criadores que se depararam com aves suas com falta de água! Este aspecto tem que ser revisto pelas organizações destes eventos, porque este aspecto não pode, de forma alguma ser descurado!
Já me aconteceu há uns anos, enviar aves a uma exposição, não citando qual para não ferir susceptibilidades, e qual não foi o meu espanto quando a fui visitar ver as minhas aves com o comedouro vazio, ou melhor, cheio de cascas. Fui a um lojista comprar sementes e comecei a encher os comedouros das minhas aves. Fui interpelado por um organizador que com maus modos se dirigiu a mim afirmando que a alimentação era da responsabilidade da organização. Eu respondi-lhe que se era, então a organização era negligente e se não podia alimentar as minhas aves pegava nelas e retirava-as da exposição, porque não admitia falha tão grosseira (apesar de ser anti-regulamentar). A discussão subiu de tom, até que um amigo comum (pertencente à organização) me deu razão e rapidamente deu instruções para alimentarem todas as aves.  
Bem sei que existe muito trabalho nestes eventos, mas o bem-estar das aves, a sua alimentação, deve sobrepor-se a tudo! O recado está dado!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Féos vermelhos intensivos


Estas fotos foram tiradas há cerca de dez dias e denotam, claramente, a muda ainda bastante atrasada. Nas fotos aparecem ainda uns intrusos (féos vermelhos mosaico). Como já referi no blog, tenho que melhorar substancialmente o porte dos meus féos vermelhos. Era um problema que já tinha detectado e este ano "fiz" portadores com esse objectivo, fazer crescer os féos vermelhos, principalmente os intensivos, já que nos nevados não se nota assim tanto.
Os criadores de féos têm sempre este dilema, fazer crescer as aves introduzindo reprodutores com mais porte, mas evitando que ao mesmo tempo daí nasçam aves com quistos. O ideal seria introduzir aves com grande porte e grandes cabeças, mas que sejam curtas de pena, o que, como se sabe, é dificil de encontrar, mesmo em aves clássicas que poderiam ser utilizadas para trabalhar esse aspecto.

domingo, 16 de outubro de 2011

Voadeira de Féos

Esta é uma pequena voadeira onde se encontram alguns féos 2011, desde féos amarelos (intensos e nevados), brancos e amarelos mosaicos, machos e fêmeas. Uns melhores que outros, outros mais fotogénicos que outros,... Alguns deles farão parte do meu lote de reprodutores para 2012.


sábado, 15 de outubro de 2011

Fêmeas amarelo mosaico

Depois de vários anos de trabalho, posso orgulhar-me de ter conseguido um plantel equilibrado de lipocromos amarelos mosaico (linha fêmea). Julgo que tirei aves de boa qualidade, com aves relativamente homogéneas (apesar de, como é óbvio, existirem umas melhores que outras) e a dificuldade estará na escolha.

Alguns lizards dourados

Como se pode notar pela fotografia, a muda ainda se encontra atrasada nestas aves. Tirando raras excepções, não creio que tenha lizards dourados de grande qualidade este ano, de qualquer forma e valha-me isso, tirei algumas aves bem interessantes para trabalhar a minha linha, já que algumas possuem caracteristicas especificas que poderei introduzir no plantel.

Féo vermelho nevado

Em minha opinião, o melhor féo vermelho nevado nascido no meu canaril. Excelente porte e bom desenho, mas claro, é a minha opinião!

Alterações ao canaril

Tal como já tinha referido, procedi a algumas alterações no canaril, procedendo ao isolamento dos tectos e à construção de uma voadeira que, brevemente, será dividida em duas.



Na primeira zona encontra-se a citada voadeira, duas pequenas voadeiras de apoio, todo o material e algumas velhas gaiolas que servirão para "alojar" os suplentes.






Este é o sector dois, com as gaiolas de criação.



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desilusão

Hoje estive a observar os canários que tinha pré-seleccionado para as exposições e, qual o meu espanto, quando verifico que a maioria ainda está em muda. Mesmo aqueles a que tinha arrancado algumas penas (especialmente no rabo) ainda estão longe de estarem completas.
Com as exposições a bater à porta, estou na iminência de ter poucas aves para competir e, neste caso, se as coisas não se restabelecerem ou não participo ou só o farei numa exposição que ocorra mais tarde. Creio que este tempo demasiado quente para a época não tem ajudado em nada, já que a muda se tem arrastado desde Julho!
Quanto às aves que observei (pouco mais de quarenta) continuo a achar que os lizards prateados estão excelentes (não todos, como é óbvio, mas uma percentagem significativa), bem como os amarelos mosaicos. A maior desilusão tem sido os lizards dourados de qualidade inferior aos prateados, apesar de ter obtido cerca do dobro! Há coisas que não têm explicação...
Este ano parece que acertei com o corante ou melhor, com a dosagem do corante, já que as aves de factor vermelho estão bem pintadas. Em breve irei tirar e postar fotografias de uma ave que é um pouco invulgar, mas que me dará um jeitão na reprodução, apesar de ter um papel secundário para efeitos de exposição, refiro-me a uma fêmea féo vermelha marfim intensa.

Em breve irei dando mais novidades!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Venda de canários

Fotos de alguns dos canários disponíveis:


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Criações 2012

Esta fase da época é aquela que menos tempo ocupa aos criadores. Depois de seis meses de árduo trabalho despendido nas criações, nesta altura, dado que as aves se encontram em voadoras ou espaços mais amplos, o tempo é gasto, quase exclusivamente, na alimentação.
A muda da pena este ano chegou mais cedo, permitindo avaliar mais precocemente as aves. Geralmente, só em meados de Setembro é que consigo olhar para as aves com "olhos de ver". Este ano, contudo, já consigo tirar algumas conclusões. Julgo que melhorei claramente a qualidade dos féos amarelos, brancos e vermelhos mosaicos, bem como dos lipocromos amarelos mosaicos. Nos lizards ainda tenho algumas dúvidas e nos féos vermelhos e amarelos mosaico deparo-me com o mesmo problema do ano transacto, salvo algumas excepções, as aves apresentam pouco porte. Este é um problema que, no caso dos féos vermelhos irei resolver no próximo ano, já que tive a preocupação de "produzir" portadores com bom porte, tanto nevados como intensos. Este é um problema que, creio, deve assolar todos os criadores dos féos, que, na ânsia de evitar o aparecimento de quistos, acasalam aves intensas e nevadas com pouca plumagem e, no final, o resultado são aves com défice de porte.

Este é um casal de féos brancos de 2011. Aprecio, particularmente, o macho (à esquerda na foto).

Por aquilo que tenho visto, as aquisições para o próximo ano deverão ser escassas ou mesmo nulas, porque creio ter em minha casa matéria interessante para trabalhar. No próximo ano irei criar com quarenta e dois casais, oito casais de lizards, oito de lipocromos amarelos mosaico, cinco de féos vermelhos, amarelos mosaico e vermelho mosaico, quatro de féos brancos, cinco de féos amarelos e dois de féos amarelos e brancos. Por aquilo que me tenho apercebido, os féos brancos quando introduzidos nos amarelos, apesar de lhe conferirem um bom porte, prejudicam-lhe o lipocromo, especialmente nos intensos, pelo que será melhor proceder ao acasalamento separado das duas raças, apesar da esmagadora maioria dos meus efectivos serem amarelos portadores de branco e vice-versa. Irei manter dois casais "hibridos" tentando aproveitar aves para, futuramente, introduzir nos brancos ou nos amarelos.
A escolha dos reprodutores para a próxima época de criação é feita a partir de agora, acrescentando-se aos reprodutores do ano transacto as aves jovens que acho poderem contríbuir para um up-grade das minhas linhas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Final da época de criação

Acabei, finalmente, com as criações, coincidindo com o inicio da muda da pena. Tinha alguns casais ainda a criar, mas os canários que tinham nascido ultimamente encontravam-se muito débeis, porque os pais já tinham entrado em muda e alimentavam mal. Daí, e para não sobrecarregar inutilmente os reprodutores, retirei os ninhos a todos, ovos incluídos.
Anilhei 172 canários, o que dá uma média quase de 4,5 canários por casal. Julgo que não foi mau de todo atendendo à especial dificuldade de criação dos féos. Assim, dividido por raças tenho:

Amarelo Mosaico - 48;
Lizards - 34;
Féo Amarelo Mosaico - 12;
Féo Vermelho Mosaico - 19;
Féo Vermelho - 20;
Féo Amarelo e Branco - 39.

Claramente, os amarelos mosaicos foram os melhores criadores e ainda serviram, algumas vezes, de amas das outras raças. Ao invés, os féos amarelos mosaicos ficaram um pouco aquém, tendo para isso contribuído um casal que, pura e simplesmente não criou, ou melhor, começou por tirar três ou quatro filhotes (que deixaram morrer), depois fez outra postura com os ovos goros e, depois, népias, nem um ovo para amostra, apesar de a fêmea fazer e desfazer várias vezes o ninho. Enfim, há que ter paciência e esperar que para o ano corra melhor. 

Neste momento, a muda da pena está na plenitude, espero que corra tudo dentro da normalidade e, se assim for, não espero perder muitas aves entre jovens e reprodutores. Há muitos criadores que revelam dificuldades na época da muda, perdendo muitos pássaros, mas eu, felizmente nunca tive grandes problemas, morrendo aves como morrem normalmente todos os meses, havendo apenas uma incidência maior na mortalidade de reprodutores, alguns pelo pesar da idade, outros pela dureza da criação. Fundamental, é que se forneça espaço às aves e uma alimentação o mais variada possível, com a inclusão pontual de pepino e courgete.  

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Separação das crias

Existem vários métodos utilizados pelos criadores, indo apenas referir os métodos que utilizo e escrevo no plural, porque existem diversas situações e variáveis que nos fazem agir da forma x ou y. Normalmente a separação ocorre por volta dos trinta dias de vida dos canários, mas existem situações em que os canários se tornam independentes por volta dos 26/27 dias e outros casos, mais numerosos segundo a minha experiência, que ocorrem depois dos 30 dias e alguns até bem próximos dos 50. A experiência do criador é fundamental para ter a percepção exacta de quando fazer e como fazer.
Geralmente e como regra coloco uma grade que separe os jovens dos progenitores que vão alimentando a prole e preparando uma nova postura, mantendo o ninho antigo do lado das crias e um novo do lado dos reprodutores. Do lado das crias colocam-se comedouros com alpista simples e sêmola da trigo e, obviamente, o bebedouro, enquanto do lado dos progenitores, continuo com a mistura de sementes e a papa de ovo. A razão de não fornecer papa e mistura aos jovens canários prende-se com a sua apetência inicial e essencial para se alimentarem da papa e das sementes negras, o que lhes provocará problemas de fígado e, em muitos casos, a morte (aparecendo esta morte conotada com a doença da faca, que, todavia, não é uma doença em si mesma, mas sim um sintoma de uma quantidade de doenças, entre elas a do fígado, que conduzem ao emagrecimento das aves, sendo mais notório no peito, que fica aguçado). Assim, os jovens canários continuam a ser alimentados pelos pais e vão aprendendo a depenicar. Após a fêmea ter colocado o último ovo, passo o macho para junto dos jovens (fornecendo agora papa em pequenas quantidades), continuando assim até os irmãos se encontrarem a três/quatro dias da eclosão. Nessa altura, os jovens são retirados da gaiola de criação, tal como a grelha, permanecendo somente o casal na gaiola.
Esta operação ocorre entre a 1.ª e a 2ª postura e entre esta e a 3.ª, porque após a 3.ª postura, das duas uma, ou o macho alimenta os jovens e passo a fêmea para a voadora (permitindo-lhe recuperar o desgaste da época de criação) ou não alimenta e aí fica a fêmea com os jovens, passando o macho para a voadora (sendo que, neste caso, para evitar a picagem da fêmeas aos filhos, coloco a grade). Algumas vezes, mantenho até os dois progenitores com as crias, porque noto que já não alimentam as crias tão assiduamente como nas posturas anteriores (em virtude do desgaste) ou porque o número de crias é elevado (e considero elevado em número superior a três), aumentando a probabilidade da fêmea, na presença do macho, recomeçar na ovulação sendo este um mal menor que até acontece com a fêmea isolada do macho ou na voadora 
De qualquer forma, existem sempre problemas que vão surgindo, aves da mesma ninhada que desenvolvem mais que outras, aves que aprendem a comer mais rápido que outras, aves que saem do ninho mais cedo do que outras, etc. Daí que tenha falado na importância da experiência do criador, permitindo-lhe ter percepções destes factos e tomando medidas adequadas, como por exemplo, passar aves menos desenvolvidas para outra ou outras ninhadas, colocar o ninho junto da grade e do ninho novo entretanto colocado, manter o macho junto das crias mesmo quando a fêmea começa a fazer ninho (colocando-o junto da fêmea só durante algum tempo, sendo que por vezes alguns minutos são suficiente para haver o acasalamento), etc. Se formos notando que os jovens canários continuam atrasados na independência, podemos ir colocando comedouros e até o bebedouro no fundo da gaiola, onde vão com mais frequência depenicar.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Alguns canários de 2011

Lizard de grande qualidade, era bom que fossem todos assim! Só consegui mais dois irmãos, também de boa qualidade, este é o tipo de lizard que procuro, bom porte e boas marcações, a oxidação vem por acréscimo.


Féo amarelo intenso da terceira postura, aprecio bastante esta ave, aparentemente uma fêmea.



Féo vermelho intenso, também da terceira postura e, em principio uma fêmea. Tenho que introduzir mais porte dos féos vermelhos intensos.



Mais dois lizards, à frente prateado e a trás dourado da 2.ª postura. Gosto particularmente do prateado, um macho que apresenta boas marcações no peito.


Alguns féos amarelos e mosaicos em plena muda da pena. Este ano as aves entraram em muda muito cedo, inclusivamente os reprodutores, espero que para Setembro não se lembrem de mudar a pena de novo, pois para além de debilitar as aves irá, com toda a certeza, prejudicar a plumagem das mesmas para efeitos de exposição.


Mais alguns féos vermelhos, sendo que o destaque vai para o portador que se encontra à frente na foto da direita. Este é o tipo de portador (nevado) que me permitirá colocar mais porte no meu plantel de féos vermelhos. O tamanho da ave em si e da cabeça em particular pode ser comparado com a ave pura que se encontra ao lado. Do lado esquerdo também um portador de féo vermelho, irmão da ave referida, mas que apresenta uma vantagem suplementar, melhores marcações nas costas.


Um dos meus lizards preferidos deste ano, é pena que a qualidade da foto seja má e não realce os verdadeiros atributos desta ave. Julgo que uma das lacunas que notei em alguns dos meus lizards no ano passado, o porte e a posição, foram devidamente corrigidos este ano.


Alguns portadores de féos amarelos e brancos. Este ano tenho um número considerável de portadores de féos brancos (apesar de também portarem amarelo), permitindo que faça casais de féos brancos em separado dos féos amarelos, porque creio que tem mais beneficios especialmente nos féos amarelos intensos. Continuo a salientar a importância dos portadores, pois a sua carga genética é de 50% na descendência, não adiantando ter bons puros, se não se possuir portadores à altura.

A propósito de uma visita

Tive recentemente a visita ao meu canaril de um criador principiante que, a pretexto de adquirir um casal de lizards, aproveitou para dar uma vista de olhos às minhas aves e ao canaril. Criava "pintos", mas a visita a uma exposição da zona (COBL) despertou-lhe a atenção para as diferentes raças de canários, para os concursos, enfim, para a competição. Resolveu este ano trocar todos seus canários por aves de raça, mas partiu de pressupostos, na minha opinião, errados. Tinha em mente criar com seis casais de raças diferentes, adquiridas aqui e ali, tendo-lhe então explicado que ia pelo mau caminho, que era preferível criar só com uma raça ou duas no máximo, apostando em aves com alguma qualidade, do que ter um casal de cada raça, tanto mais que para o ano teria dificuldades em fazer novos casais da descendência, pois seriam todos irmãos implicando a aquisição de novas aves. Além disso, existe o risco de alguns dos casais não criarem, criarem mal ou a sua prol não ter qualidade e serem essas raças rapidamente riscadas do seu canaril, conduzindo a um dispêndio de tempo e dinheiro.
Expliquei-lhe que o caminho mais rápido para o sucesso nas exposições era possuir todos os casais da mesma raça, pois teria grandes probabilidades de tirar logo no primeiro ano alguns exemplares de qualidade, que lhe permitiriam expor e continuar a trabalhar a sua linhagem nos anos seguintes. Aí ele reflectiu um bocado e deu-me razão... ficou então de pensar na raça que viria a criar e depois, caso optasse pelos lizards ou outra raça que eu crie, entraria em contacto comigo.
Alguns dias mais tarde ligou-me e disse-me que tinha optado pela raça X, que eu não criava mas se conhecia algum criador de confiança. Lá lhe dei dois contactos de criadores da zona e o jovem agradeceu imenso a minha ajuda e atenção. Creio que perdi um "negócio" mas ganhei um amigo e a canaricultura, quem sabe, um futuro grande criador.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quase no final da criação

Este ano de criação já está quase no final, possuindo cerca de 160 canários anilhados até ao momento, esperando chegar ao 180/190 canários, tal como previa e desejava (encomendei 200 anilhas, mas, como se sabe, algumas perdem-se, porque saiem ou os pais as tiram e caiem nos estrados ou comedouros sem darmos conta e vão para o lixo). O ano de criação vai longo, tendo-se iniciado em Janeiro com a preparação dos reprodutores, acasalamentos e, finalmente, a parte mais árdua, a criação propriamente dita.
Para não variar, existiram alguns sobressaltos, felizmente contornados com a ajuda de amigos e com a informação que se vai recolhendo na net. Quando comecei a canaricultura estava pouco divulgada na net e as informações eram escassas, até porque a bibliografia escasseava (e ainda escasseia). Hoje em dia já não é bem assim, havendo páginas, blogs, fóruns, etc onde se vão recolhendo opiniões, umas mais válidas que outras, mas que são fundamentais muitas vezes para resolver problemas simples com que nos deparamos. Criar canários pode ser muito fácil, mas quando as coisas começam a correr mal lembramo-nos da lei de Murphy e damos-lhe razão.
Nesta altura já tenho projectadas algumas alterações no canaril, com a construção de voadeiras e o isolamento térmico do telhado. Sempre fui contra grandes voadeiras, mas neste momento não tenho alternativa. A manutenção dos canários é mais fácil e os canários não me podem absorver tanto tempo durante todo o ano. Sei que irei ter alguns dissabores, mas paciência!
Relativamente à qualidade das aves, ainda é prematuro emitir juízos de valor, de qualquer forma estou bastante satisfeito com alguns lizards e amarelos mosaico que já me vão chamando a atenção. Quanto aos féos tenho mais dificuldade em emitir opinião a esta distância, mas existe um féo branco macho que acho excelente, principalmente ao nível do porte.
Brevemente irei colocar algumas fotografias.

quarta-feira, 4 de maio de 2011