segunda-feira, 18 de julho de 2011

Criações 2012

Esta fase da época é aquela que menos tempo ocupa aos criadores. Depois de seis meses de árduo trabalho despendido nas criações, nesta altura, dado que as aves se encontram em voadoras ou espaços mais amplos, o tempo é gasto, quase exclusivamente, na alimentação.
A muda da pena este ano chegou mais cedo, permitindo avaliar mais precocemente as aves. Geralmente, só em meados de Setembro é que consigo olhar para as aves com "olhos de ver". Este ano, contudo, já consigo tirar algumas conclusões. Julgo que melhorei claramente a qualidade dos féos amarelos, brancos e vermelhos mosaicos, bem como dos lipocromos amarelos mosaicos. Nos lizards ainda tenho algumas dúvidas e nos féos vermelhos e amarelos mosaico deparo-me com o mesmo problema do ano transacto, salvo algumas excepções, as aves apresentam pouco porte. Este é um problema que, no caso dos féos vermelhos irei resolver no próximo ano, já que tive a preocupação de "produzir" portadores com bom porte, tanto nevados como intensos. Este é um problema que, creio, deve assolar todos os criadores dos féos, que, na ânsia de evitar o aparecimento de quistos, acasalam aves intensas e nevadas com pouca plumagem e, no final, o resultado são aves com défice de porte.

Este é um casal de féos brancos de 2011. Aprecio, particularmente, o macho (à esquerda na foto).

Por aquilo que tenho visto, as aquisições para o próximo ano deverão ser escassas ou mesmo nulas, porque creio ter em minha casa matéria interessante para trabalhar. No próximo ano irei criar com quarenta e dois casais, oito casais de lizards, oito de lipocromos amarelos mosaico, cinco de féos vermelhos, amarelos mosaico e vermelho mosaico, quatro de féos brancos, cinco de féos amarelos e dois de féos amarelos e brancos. Por aquilo que me tenho apercebido, os féos brancos quando introduzidos nos amarelos, apesar de lhe conferirem um bom porte, prejudicam-lhe o lipocromo, especialmente nos intensos, pelo que será melhor proceder ao acasalamento separado das duas raças, apesar da esmagadora maioria dos meus efectivos serem amarelos portadores de branco e vice-versa. Irei manter dois casais "hibridos" tentando aproveitar aves para, futuramente, introduzir nos brancos ou nos amarelos.
A escolha dos reprodutores para a próxima época de criação é feita a partir de agora, acrescentando-se aos reprodutores do ano transacto as aves jovens que acho poderem contríbuir para um up-grade das minhas linhas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Final da época de criação

Acabei, finalmente, com as criações, coincidindo com o inicio da muda da pena. Tinha alguns casais ainda a criar, mas os canários que tinham nascido ultimamente encontravam-se muito débeis, porque os pais já tinham entrado em muda e alimentavam mal. Daí, e para não sobrecarregar inutilmente os reprodutores, retirei os ninhos a todos, ovos incluídos.
Anilhei 172 canários, o que dá uma média quase de 4,5 canários por casal. Julgo que não foi mau de todo atendendo à especial dificuldade de criação dos féos. Assim, dividido por raças tenho:

Amarelo Mosaico - 48;
Lizards - 34;
Féo Amarelo Mosaico - 12;
Féo Vermelho Mosaico - 19;
Féo Vermelho - 20;
Féo Amarelo e Branco - 39.

Claramente, os amarelos mosaicos foram os melhores criadores e ainda serviram, algumas vezes, de amas das outras raças. Ao invés, os féos amarelos mosaicos ficaram um pouco aquém, tendo para isso contribuído um casal que, pura e simplesmente não criou, ou melhor, começou por tirar três ou quatro filhotes (que deixaram morrer), depois fez outra postura com os ovos goros e, depois, népias, nem um ovo para amostra, apesar de a fêmea fazer e desfazer várias vezes o ninho. Enfim, há que ter paciência e esperar que para o ano corra melhor. 

Neste momento, a muda da pena está na plenitude, espero que corra tudo dentro da normalidade e, se assim for, não espero perder muitas aves entre jovens e reprodutores. Há muitos criadores que revelam dificuldades na época da muda, perdendo muitos pássaros, mas eu, felizmente nunca tive grandes problemas, morrendo aves como morrem normalmente todos os meses, havendo apenas uma incidência maior na mortalidade de reprodutores, alguns pelo pesar da idade, outros pela dureza da criação. Fundamental, é que se forneça espaço às aves e uma alimentação o mais variada possível, com a inclusão pontual de pepino e courgete.