quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tratamentos para preparação dos reprodutores

Este é o esquema de tratamentos que vou utilizar este ano para preparação dos reprodutores:

1- Cinco dias de FP 20-20;
2- Três dias de complexo B;
3- Dois dias de água limpa;
4- Doze dias de Nizale;
5- Quatro dias de complexo vitaminico;
6- Dois dias de água limpa;
7- Dois dias de Colina;
8- Dois dias de água limpa
9- Três dias de FP 20-20;
10- Dois dias de complexo B.

Nota: O Nizale é um substituto do Panfungol (medicamento não disponível em Portugal) e que tem o mesmo principio activo (cetoconazol). Já ministrei pontualmente este medicamento em anos anteriores, mas por influência dos conselhos do amigo Ricardo Ferreira, resolvi introduzi-lo nos tratamentos pré-criações.
Existem múltiplos esquemas de tratamento pré-criações, a maioria dos quais inclui a vitamina E, que eu não utilizo porque nunca tive problemas graves com ovos goros. De qualquer forma, este esquema é um de muitos que podem ser utilizados com bons resultados.
Nesta altura só forneço diariamente mistura de sementes (à base de alpista) e forneço uma vez por semana papa. Quando começar o tratamento com complexo vitaminico começo a ministrar regularmente papa, semola de trigo e aveia, visando fortalecer, principalmente, as fêmeas.
Boa sorte a todos!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O julgamento dos Lizards

Continua a ser uma lacuna por parte da COM as classes de julgamento dos lizards ser dividida apenas em dourado, prateado e azul. O que acontece é que nos grandes eventos (Mundiais e Nacionais) somente os lizards com calota perfeita e, excepcionalmente, lizards sem calota é que têm reais possibilidades de ganhar. Por muito bom que seja um lizard de calota partida, quase sem calota ou calota quase perfeita as possibilidades de vencer são nulas, às vezes perante aves de calota perfeita de menor qualidade, o que não deixa de ser particularmente injusto.
Assistimos nos últimos anos à criação de novas classes de julgamento para variadas raças (Glosters, Borders, Lipocromos Vermelhos de asa branca, etc), mas a situação do Lizard continua inalterada. Questiono-me muitas vezes das razões da discriminação dos Lizards em relação a outras raças. Na recente exposição do COBL tive oportunidade de trocar algumas impressões com o melhor criador de Lizards do país (em minha modesta opinião), Sr. Paulo Alegria, que defendia precisamente esta tese. Ainda há meia dúzia de anos os Lizards concorriam todos numa única classe, caminhou-se então para a divisão entre azuis, prateados e dourados e, espero eu, irá caminhar-se para a divisão em função da calota da ave. O Lizard tem ganho adeptos na canaricultura e, de uma vez por todas, tem de merecer da COM um tratamento idêntico aquele que já foi dado a outras raças, pelos vistos mais reinvindicativas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A importância dos portadores

Para os mais jovens criadores faz alguma espécie e gera algumas dúvidas a existência de canários portadores. Sem querer ser muito exaustivo, vou aflorar muito superficialmente a importância dos portadores na criação.
Desde logo pela explicação, o que são os portadores? São canários que não são puros de nenhuma raça, pelo que não servem, em principio, para exposição. Resultam do cruzamento de duas raças de canários ou como resultado do cruzamento de um canário puro de uma raça com um canário já portador dessa raça.
Os criadores quando criam portadores é porque pretendem introduzir caracteristicas de uma raça (geralmente dos canários denominados clássicos) na raça pretendida. Muitas vezes do cruzamento entre dois canários puros perdem-se caracteristicas muito importantes (sendo o porte a mais usual), daí ser imprescindível criar e fazer portadores.
O dilema dos criadores relativamente aos portadores coloca-se no seu valor de mercado (substancialmente mais baixo que as aves puras), não serem aves de concurso e porque, em regra, se desenvolvem mais rapidamente que os puros, o que nos primeiros dias de criação implica uma maior atenção do criador aos irmãos puros da ninhada. A este propósito o Sr. Carlos Lima, orador num colóquio a que tive o prazer de assistir já há cinco/seis anos promovido pelo COBL (que saudades!!!), afirmava que os portadores são tão ou mais importantes que as aves puras e que os criadores não podiam só pensar no que fazer, comercialmente falando, aos portadores, deviam era dar-lhe a importância que eles realmente merecem.
Além disso, não nos podemos esquecer que devemos sempre escolher as aves de maior qualidade para fazer portadores, porque se escolhermos aves de menor qualidade estamos a andar para trás, ou seja, se escolhermos, desde logo, duas aves de grande qualidade, os portadores também o serão e no ano seguinte acasalados com outros exemplares puros darão aves de qualidade. Ao invés, se escolhermos aves de menor qualidade, os portadores por inerência também o serão e no próximo ano, em vez de termos aves de qualidade, descendentes desses portadores, teremos aves de menor nível.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Campeonato nacional 2010

Acabei por não participar no campeonato nacional, que era um dos objectivos para este ano. Várias razões contribuíram para isso, mas a maior, não vale a pena esconder, era a falta de aves que me enchessem os olhos para enviar. Não sou apologista de concorrer só por concorrer, esperando que uma medalha caia do céu, creio que só se deve concorrer quando existam boas expectativas de ganhar.
Tinha duas fêmeas amarelo mosaico (inclusivamente não foram a nenhuma exposição para não estragarem a plumagem), um lizard prateado, um lizard dourado e dois féos amarelos intensos preparados para o nacional, mas achei que ainda não estava na altura certa de arriscar, pois as aves não me empolgavam. Além disso os clubes de que sou sócio não fazem a entrega e recepção das aves, o que implicava a deslocação ao Entroncamento duas vezes. É um factor que os clubes têm de corrigir, pois, pelas conversas que tenho tido, desincentiva muitos sócios a participar, o que é mau para o próprio clube.
Apesar disso, se o tempo o permitir, espero ir à exposição na qualidade de visitante. De uma forma objectiva podemos comparar as nossas aves às melhores aves da exposição e ver o que temos de melhorar ou corrigir.
Desde já gostava de desejar a melhor sorte a todos os sócios do Clube Ornitológico da Beira Litoral e da Associação Ornitológica de Coimbra.

domingo, 21 de novembro de 2010

Visita às Exposições de Aveiro

Hoje fui visitar duas exposições em Aveiro, organizadas pela Associação Ornitológica de Aveiro e pelo Clube Ornitológico de Antuã. Ambas foram organizadas no Parque de Exposições de Aveiro, decorrendo em pavilhões distintos. Mais uma vez a falta de diálogo ou bom senso, impediu que fossem organizadas em conjunto, o que é pena, pois seria uma exposição de grande nível. Não importa aqui dissecar quem tem razão ou os motivos para a desunião dos dois clubes, pois isso é irrelevante e subjectivo, aquilo que, na minha opinião de aficionado, resulta é que se perdeu uma boa oportunidade de se iniciar uma exposição fortíssima no centro norte do país.
Quanto às exposições em si, os lugares eram fantásticos, com condições para receber um campeonato nacional. As organizações funcionaram bem, com pouco de relevante a apontar. Quanto às aves, gostei da qualidade exibida que, regra geral, se pautou pelo equilíbrio nas pontuações e por aves bem pontuadas. Na Exposição do COA admirei a quantidade e qualidade dos vermelhos e de alguns lizards expostos, bem como a diversificidade dos exóticos.
A melhor parte foi o encontro com os amigos Ricardo Ferreira, Sr. Ernesto e Vitor Correia (que concorreram na exposição da AOA com bons resultados). Depois de visitarmos a exposição da AOA fomos almoçar, juntamente com um "intruso", Sr. José Rodrigues. Para não variar o prato forte foi passarinhos, tendo-se debatido os resultados obtidos no presente ano e as aquisições e novidades para o ano que se avizinha.
Por fim a visita à Exposição do COA, onde se deitou o olho ao espectáculo de araras e se trocaram impressões com outros criadores conhecidos que iam aparecendo. A tarde já ia longa e fiz-me ao caminho, para inveja dos restantes camaradas que tiveram de esperar pela entrega das suas aves. Mais uma vez se provou que os passarinhos são, muitas vezes, o pretexto para um dia bem passado, juntamente com amizades que se vão fazendo e cimentando com os anos.
PS- A reportagem fotográfica ficou a cabo do Ricardo Ferreira, podendo brevemente ser consultada no seu blog (www.ricardo-kardus.blogspot.com).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para refletir

A Ornilogia Portuguesa tem, em termos associativos, muito a aprender com outras modalidades. Efectivamente, quando comparamos a ornitologia e a sua "irmã" Columbófilia, notamos que estamos muito, mas mesmo muito atrasados. Este atraso deve-se à falta de um quadro competitivo que poderia e devia ser organizado pela Federação, sendo certo que só uma podia existir, acabando-se de uma vez por todas com a aberração hoje existente. Não sei e não quero saber quem tem razão, mas aquilo que posso desinteressadamente constatar é que existem interesses de meia dúzia de senhores para que o poder se encontre tripartido. Se perguntarem aos comuns criadores (que são quem sustenta as federações) todos concordam que a Federação devia ser uma só e se assim não é, algo de muito errado se passa.
A existência de uma Federação única podia, para além de concurso a subsídios estatais, organizar um novo quadro competitivo em Portugal, que podia bem passar por campeonatos distritais (cada clube ou associação do distrito, alternadamente, organizava o seu campeonato), quatro campeonatos internacionais (norte, centro, sul e ilhas) organizados pelo clube ou clubes que a eles se candidatassem e um campeonato nacional. Seriam fixadas regras e períodos para a sua realização. Nas restantes exposições de aves, não haveria julgamentos apenas e só mostra de aves.
A maioria dos clubes e associações vive hoje em dia com o drama de existir pouca disponibilidade dos associados em contribuir/ajudar em toda a logística que uma exposição envolve, pelo que tudo acaba por recair em dois ou três carolas que abdicam de muito em prol do clube que representam. A questão que se coloca é que estes carolas vão-se fartando, chateando, até que mais dia menos dia, acabam por bater com a porta. Este bater com a porta poderá conduzir à extinção de muitos clubes, o que não deixa de ser preocupante, tal a importância que a sua proximidade representa para o criador (em termos de informações diversas, requisição de anilhas, etc). Organizar um campeonato distrital com três ou quatro mil aves é completamente diferente de organizar um campeonato com mil aves, permitindo uma maior adesão de lojistas, patrocinadores, etc, ou seja, gera uma maior receita que viabilizaria a contratação temporária de pessoas para fazer as tarefas que hoje em dia recaem nos tais carolas. Além disso, os criadores seriam premiados como campeões distritais, vice-campeões, etc, o que não deixaria de ser mais relevante que a actual conjuntura, para além, obviamente, de se aumentar a competitividade.
Talvez um dia, as consciências sejam sacudidas e passemos a ter na ornitologia uma modalidade organizada, um pouco à semelhança da Columbófilia.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Resultados na Expo-ave 2010

Soube hoje os resultados obtidos na Expo-ave 2010 organizada pelo COBL, na qual participei com 16 aves individuais, a saber quatro lizards dourados, quatro lizards prateados, duas fêmeas féo vermelho mosaico, dois machos féo vermelho nevado, dois machos féo amarelo mosaico, uma fêmea féo amarelo mosaico e um féo amarelo intensivo. Na globalidade os resultados foram positivos tendo alcançados quatro primeiros lugares (lizard dourado, lizard prateado, féo amarelo mosaico e féo vermelho nevado) e três segundos lugares (lizard dourado, lizard prateado e féo vermelho nevado). Apesar disso, fica sempre um amargo de boca na avaliação de algumas aves de quem esperava um pouco mais, mas a avaliação é feita por um juíz que é soberano (não havendo recurso como sucede nos Tribunais) e temos que nos submeter à sua decisão, respeitando-a acima de tudo e revelando fair-play, podendo, porque estamos num Estado de Direito Democrático, tecer considerações e críticas.
Das aves que enviei a concurso tive duas não julgáveis, uma, sinceramente, não sei ainda porquê (quando vir a ficha de avaliação irei descobrir) e a outra porque tinha uma unha partida. Neste caso tratava-se de uma fêmea féo amarelo mosaico (ave com bastante qualidade, na minha opinião) e que partiu a unha já depois de a lavar sem que me apercebesse. Só notei no dia em que a coloquei na transportadora e como não tinha outra para substituir, arrisquei enviar a ave. Resultado, o juíz apercebeu-se, e muitissimo bem, e declarou-a não julgável. Curiosamente, quando lavei as aves tinha uma fêmea féo branca para inscrever e tinha também uma unha partida, o que me vai levar a indagar as razões de tal facto, que não é normal. Será das gaiolas, será dos poleiros, será falta de cálcio?
Relativamente à Expo-ave teve mais de mil aves inscritas o que não deixa de ser assinalável nos dias que correm. Se tudo correr normalmente, a exposição vai ser mais um enorme sucesso. Parabéns à Direcção do Clube e, em particular, ao seu Presidente Sr. José Carvalho que se dedica a 200% a este evento.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Muda atrasada e fichas de julgamento

Após seleccionar as aves para exposição (quase trinta nas diferentes raças que crio) e de as colocar em gaiolas individuais, o que fiz nos inícios de Setembro, tenho acompanhado a evolução das mesmas atentamente, havendo um factor que me tem causado alguma preocupação: as aves estão atrasadas na muda da pena. Em conversas com outros criadores o problema parece ser quase geral, o que é grave, principalmente para quem pretende concorrer em exposições a ter lugar no presente mês ou no inicio do próximo, o que é o meu caso.
Posso dizer que mais de metade das aves seleccionadas estão ainda com a muda muito atrasada, o que é, justamente, penalizado na avaliação da ave e, muitas vezes, impeditivo que a mesma se apresente a concurso. Espero que os juízes sejam condescentes com aves que apresentem a muda quase terminada, pois, caso contrário, quem irá sofrer é a exposição em si, com aves de menor qualidade a pontuarem melhor que aves de maior qualidade. Obviamente que os juízes defendem-se anotando nas fichas de julgamento que a ave se encontrava em muda, mas para um observador anónimo e menos conhecedor, esse facto pode passar-lhe despercebido, nos casos em que a ficha de julgamento não esteja fixada junto à ave. Esta situação devia ser obrigatória, até para os criadores compararem as avaliações nos diferentes ítens das suas aves (relativamente às aves concorrentes). Muitos clubes, teimam, sabe-se lá com que interesses, em manter as fichas de julgamento na gaveta, facto que não devia ser permitido pelas federações e pelos próprios juízes que são os mais beneficiados com a publicação da sua avaliação.
A comparação das avaliações dos juízes é um factor interessantíssimo de aprendizagem e, muitas vezes pode explicar julgamentos, aparentemente, absurdos. Esta nota que fique à atenção e consideração das direcções dos clubes e associações.
Relativamente às minhas aves, o atraso na muda da pena foi mais um contratempo numa época pouco feliz. Não quero cair na desculpa fácil de dizer que as aves melhores ainda não mudaram (o que não é de todo verdade, nas melhores umas mudaram outras não), mas o facto de ter menos aves por onde escolher já é, por si só, um grave inconveniente. Daqui a quinze dias, sensivelmente, espero visitar a exposição da Associação Orn. Coimbra, fim-de-semana onde irei entregar as aves que irão marcar presença na Expo-Ave organizada pelo Clube Orn. Beira Litoral. Mais que a exposição, o importante é a confraternização com os amigos que se vão fazendo ao longo dos anos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Voadeiras

Como já referi no blog, não sou apologista de voadeiras de grandes dimensões, embora lhes reconheça algumas vantagens, nomeadamente, na capacidade para albergar muitos canários com uma economia de tempo assinalável na manutenção (alimentação e limpeza) e na possibilidade de as aves se desenvolverem melhor pois dispõem de uma área superior para voar. Contudo, estas voadeiras têm também algumas desvantagens, concretamente, no aglomerar de aves em algumas zonas da voadeira levando à picagem e ao facto de o criador ter mais dificuldades em detectar aves doentes ou mais débeis (havendo mais lutas na disputa pelos alimentos, as aves frágeis ressentem-se) o que, em muitos casos, é fatal.
Para além das pequenas voadeiras vou colocando em gaiolas de criação as aves em que vou denotando melhor qualidade ou que verifico estarem mais debilitadas (permitindo-lhe uma melhor recuperação). Este é para mim o melhor sistema tanto mais que a alimentação varia, por vezes, de raça para raça, pelo que eu teria de possuir um espaço suficientemente grande para fazer várias voadeiras. Esta é a minha opinião, contudo aceito os argumentos dos canaricultores que defendem o contrário, que defendem grandes voadeiras onde as suas aves podem exercitar-se melhor.
É pena existirem tão poucos colóquios onde este e outros assuntos pudessem ser debatidos. A canaricultura em Portugal é muito fechada à troca de ideias e experiências, felizmente têm aumentado o número de sites e blogues na net permitindo obter informação e contactos que há alguns anos se encontravam restritos a uma minoria de criadores.

sábado, 28 de agosto de 2010

Canários Lizard 2010


... um dos últimos do ano, agrada-me, especialmente, a oxidação.


... um macho dourado com bom porte, apresentando pequenas lacunas nas marcações.

... apesar de ser prematuro fazer avaliações, deposito grandes esperanças nesta ave.

... lizard prateado em fase acentuda de muda.


... lizard vermelho, uma experiência a não repetir.

... um dos meus preferidos do ano 2010.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alguns canários féus de 2010

... féos amarelos, foram os últimos do ano. Às vezes os últimos são os primeiros, espero que assim seja.

... féo vermelho mosaico, também das últimas ninhadas, ainda não colorou o suficiente.

... féo amarelo, com um castanho assinalável.

... féo branco com um bom porte e desenho, não tendo, contudo, um castanho que me agrade.
... féo vermelho com bom porte, precisando de intensificar o vermelho.




Algumas fotografias do interior do canaril

... quatro mini-voadeiras no sector dois.

... uma das zonas que servem para guardar sementes, papas, acessórios, etc.

... algumas gaiolas de criação do sector dois, onde em 2011 criarão os féos e os amarelos mosaicos.

... gaiolas de criação destinadas aos lizards e duas voadeiras de apoio.

Vista exterior do canaril


O meu canaril está dividido em dois sectores. No 1.º escontram-se algumas gaiolas de criação, duas voadeiras e todo o material (alimentos, acessórios, etc). Este ano neste sector só irão criar lizards. O 2.º possui os restantes viveiros de criação e quatro pequenas voadeiras. Como se pode constatar não sou apologista de grandes voadeiras, tendo estas, em minha opinião, mais aspectos desfavoráveis que favoráveis.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Hobby cada vez mais oneroso!

Recentemente fui confrontado, e como eu muitos criadores, com a subida do preço das anilhas e de uma quota suplementar para a federação. Sinceramente, continuo a não ver contra partidas por parte da federação para os criadores e julgo que a passividade dos clubes os torna coniventes com a situação.
Se repararmos tudo tem subido, desde a alimentação a acessórios, passando agora por estes incrementos federativos. O que não sobe é o preço das aves, que se mantém inalterado, pelo menos, na última década. Convém relembrar que estamos em crise e que estas subidas deviam aguardar por melhores tempos.
Não encontro por parte da federação apoio aos criadores federados, nomeadamente com colóquios, informação diversa, etc. Tudo o que vai surgindo, parte da iniciativa de alguns clubes a expensas próprias! Continuamos a ver serem vendidas aves em lojas, feiras, etc sem a respectiva anilha de criador, algumas delas importadas por tuta e meia, outras doentes, etc e o que é que as federações fazem em relação a isto? Nada, e nada porque não podem, porque existem umas quantas federações, com interesses antagónicos, em vez de uma única federação que defendesse os interesses dos criadores nacionais junto das instâncias governamentais.
Espero que tudo isto não conduza à redução do número de criadores, que como se sabe, cada vez dispendem mais dinheiro num hobby cada vez mais caro!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Planeamento 2011

A época de criação de 2010 está quase a terminar, não tendo corrido como pretendia, mas, segundo sei, é um mal quase geral. Nesta altura já nos vamos apercebendo da qualidade (ou falta dela) dos canários nascidos nas primeiras posturas. Este ano, em principio só irei participar na exposição do COBL. A falta de canários impede-me de participar no campeonato internacional, que decorre, sensivelmente, na mesma altura, sendo esta exposição uma ambição minha para o presente ano que ficará adiada. Conforme a evolução das aves irei ponderar a participação no campeonato nacional. Em breve colocarei fotos de aves jovens em que deposito mais esperança, indo actualizando as mesmas, visando o acompanhar da sua evolução.
Nesta altura já estou a planificar a próxima época de criação. É verdade, esta ainda não acabou, mas é altura de começar a selecção de aves para a próxima campanha. Recentemente dispensei todo o meu plantel de lipocromos vermelhos mosaicos, foi uma decisão difícil, mas temos que fazer opções e tive que limitar o número de casais e por inerência de raças, pois o tempo não dá para tudo e, muitas vezes pensamos que é só mais três ou quatro gaiolas no meio de trinta e tal, mas não é bem assim. Para o próximo ano irei criar com trinta e seis casais, oito de lizards e amarelo mosaico e quatro de cada uma das linhas de féos . Geralmente e em média, costumo formar um plantel com suplentes, sendo que para quatro casais fico, no mínimo, com duas fêmeas e um macho de prevenção. Depois do campeonato nacional é muitas vezes difícil adquirir as aves que pretendemos, sendo quase sempre muito mais caras, daí, e prevenindo normais baixas, fêmeas que não põem ou machos que não galam, ficar sempre com os citados suplentes é muito importante. Alguns criadores dispensam as suas aves e depois têm até de recorrer às lojas para colmatar baixas de última hora, adquirindo aves de menor qualidade relativamente aquelas que dispensaram.
Nesta altura escolho os progenitores que se vão manter e vou seguindo atentamente os juvenis seleccionando os que interessam para permanecerem no plantel. Em finais de Agosto, princípios de Setembro, já tenho uma ideia das aves e correspondentes caracteristicas que necessito adquirir, ou porque não as possuo ou porque possuindo-as não têm qualidade ou, simplesmente, para injectar sangue novo. O mês de Setembro é o ideal para adquirir as aves, porque em regra os criadores têm uma maior oferta e, como tal, aumenta as probabilidades de encontrarmos o que desejamos. Este ano, dados alguns dissabores já ocorridos, as aves que adquirir irão cumprir uma quarentena fora do canaril. Nos anos anteriores essa quarentena era feita no canaril, isolando a ou as aves adquiridas, mas para minimizar riscos desnecessários, será cumprida fora do canaril.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Alimentação

A alimentação dos canários é um dos temas mais polémicos da canaricultura. Efectivamente, cada criador usa o seu método e não conheço criadores que utilizem exactamente a mesma alimentação, pelo menos, nas mesmas proporções, costumando até dizer que cada criador é um nutricionista das suas aves. Um dos pontos que parece consensual é a diversificidade de alimentos colocados à disposição das nossas aves, o que permite equilibrar as suas necessidades nutritivas.
Não me parece pertinente criticar os métodos utilizados pelo criador A ou B, parece-me mais correcto partilhar a alimentação que eu ministro, sendo certo que estará longe de ser a ideal, mas com a qual tenho obtido resultados satisfatórios. Desde logo não utilizo sementes germinadas, apesar de reconhecer que são importantes fontes de vitaminas para os canários. Contudo, não tenho disponibilidade para proceder diariamente à sua confecção que é bastante melindrosa e trabalhosa, pelo que tento combater essa carência fornecendo vitaminas na papa.
Habitualmente, uso seis comedouros para cada casal em que forneço, separadamente, mistura de sementes (com cerca de 80% de alpista), gritte, papa seca, semola e papa húmida (onde adiciono probióticos e vitaminas). No sexto comedouro vou variando o produto a utilizar, sendo que, na maioria das vezes, forneço aveia, cenoura cozida e perilha.
Este método, como todos aliás, é falível e criticável, mas julgo adequado para satisfazer os indispensáveis cuidados nutritivos das minhas aves.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Criações 2010



Esta temperatura oscilante, com trovoadas à mistura, não tem contribuido para uma boa época de criação. No meu caso, ainda só vou a meio da época de criação, mas dificilmente atingirei os cento e oitenta canários que tinha como objectivo.
Nas fotos fêmea lizard (dourada) e sua ninhada.

Lipocromo Amarelo Mosaico


Uma das minhas raças preferidas de canários, aves muito bonitas e excelentes criadoras.

Casal de Lizards


Casal de Lizards adquirido a um dos melhores criadores mundiais da raça, Sr. Paulo Alegria.

Féo Amarelo Mosaico


Canário adquirido ao actual campeão do mundo de Féo amarelo mosaico, Sr. Marco Maria.

Féo Vermelho Mosaico

Féo Amarelo

Féo Vermelho


Mais uma ave adquirida ao amigo Carlos Alexandre Cruz, actual campeão nacional.

Féo Branco

sábado, 20 de março de 2010

Lizard do Mundial


Será que algum dia conseguirei criar um lizard, não diria igual, mas parecido com este? A oxidação e, principalmente, as marcações encheram-me as medidas.
Só me resta continuar a trabalhar e aperfeiçoar o que tenho, sendo certo que dificilmente poderei aspirar à elite de criadores mundiais da raça lizard.