quinta-feira, 24 de junho de 2010

Planeamento 2011

A época de criação de 2010 está quase a terminar, não tendo corrido como pretendia, mas, segundo sei, é um mal quase geral. Nesta altura já nos vamos apercebendo da qualidade (ou falta dela) dos canários nascidos nas primeiras posturas. Este ano, em principio só irei participar na exposição do COBL. A falta de canários impede-me de participar no campeonato internacional, que decorre, sensivelmente, na mesma altura, sendo esta exposição uma ambição minha para o presente ano que ficará adiada. Conforme a evolução das aves irei ponderar a participação no campeonato nacional. Em breve colocarei fotos de aves jovens em que deposito mais esperança, indo actualizando as mesmas, visando o acompanhar da sua evolução.
Nesta altura já estou a planificar a próxima época de criação. É verdade, esta ainda não acabou, mas é altura de começar a selecção de aves para a próxima campanha. Recentemente dispensei todo o meu plantel de lipocromos vermelhos mosaicos, foi uma decisão difícil, mas temos que fazer opções e tive que limitar o número de casais e por inerência de raças, pois o tempo não dá para tudo e, muitas vezes pensamos que é só mais três ou quatro gaiolas no meio de trinta e tal, mas não é bem assim. Para o próximo ano irei criar com trinta e seis casais, oito de lizards e amarelo mosaico e quatro de cada uma das linhas de féos . Geralmente e em média, costumo formar um plantel com suplentes, sendo que para quatro casais fico, no mínimo, com duas fêmeas e um macho de prevenção. Depois do campeonato nacional é muitas vezes difícil adquirir as aves que pretendemos, sendo quase sempre muito mais caras, daí, e prevenindo normais baixas, fêmeas que não põem ou machos que não galam, ficar sempre com os citados suplentes é muito importante. Alguns criadores dispensam as suas aves e depois têm até de recorrer às lojas para colmatar baixas de última hora, adquirindo aves de menor qualidade relativamente aquelas que dispensaram.
Nesta altura escolho os progenitores que se vão manter e vou seguindo atentamente os juvenis seleccionando os que interessam para permanecerem no plantel. Em finais de Agosto, princípios de Setembro, já tenho uma ideia das aves e correspondentes caracteristicas que necessito adquirir, ou porque não as possuo ou porque possuindo-as não têm qualidade ou, simplesmente, para injectar sangue novo. O mês de Setembro é o ideal para adquirir as aves, porque em regra os criadores têm uma maior oferta e, como tal, aumenta as probabilidades de encontrarmos o que desejamos. Este ano, dados alguns dissabores já ocorridos, as aves que adquirir irão cumprir uma quarentena fora do canaril. Nos anos anteriores essa quarentena era feita no canaril, isolando a ou as aves adquiridas, mas para minimizar riscos desnecessários, será cumprida fora do canaril.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Alimentação

A alimentação dos canários é um dos temas mais polémicos da canaricultura. Efectivamente, cada criador usa o seu método e não conheço criadores que utilizem exactamente a mesma alimentação, pelo menos, nas mesmas proporções, costumando até dizer que cada criador é um nutricionista das suas aves. Um dos pontos que parece consensual é a diversificidade de alimentos colocados à disposição das nossas aves, o que permite equilibrar as suas necessidades nutritivas.
Não me parece pertinente criticar os métodos utilizados pelo criador A ou B, parece-me mais correcto partilhar a alimentação que eu ministro, sendo certo que estará longe de ser a ideal, mas com a qual tenho obtido resultados satisfatórios. Desde logo não utilizo sementes germinadas, apesar de reconhecer que são importantes fontes de vitaminas para os canários. Contudo, não tenho disponibilidade para proceder diariamente à sua confecção que é bastante melindrosa e trabalhosa, pelo que tento combater essa carência fornecendo vitaminas na papa.
Habitualmente, uso seis comedouros para cada casal em que forneço, separadamente, mistura de sementes (com cerca de 80% de alpista), gritte, papa seca, semola e papa húmida (onde adiciono probióticos e vitaminas). No sexto comedouro vou variando o produto a utilizar, sendo que, na maioria das vezes, forneço aveia, cenoura cozida e perilha.
Este método, como todos aliás, é falível e criticável, mas julgo adequado para satisfazer os indispensáveis cuidados nutritivos das minhas aves.